quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Reflexões - Padre Nicolás Schwizer N° 136 – 01 de agosto de 2012



Como ovelhas sem pastor

“Ao desembarcar, Jesus viu uma multidão e sentiu pena deles, porque andavam como ovelhas sem pastor…”.

Uma ovelha sem pastor não é uma ovelha livre, mesmo que possa parecer, é sim uma ovelha desgarrada e perdida. Vaga pelos montes sem saber aonde ir, e está exposta ao assalto de qualquer inimigo.

Também os homens, para ser verdadeiramente livres, necessitam um pastor que oriente seus passos, que ilumine suas mentes. Porque a liberdade humana é uma liberdade atada e só pode realizar-se quando o homem escuta e responde a um chamado. Necessitamos um pastor que nos chame.

Mas, quem será esse pastor? Será por acaso outro homem? Não, porque só Deus pode colocar-se a frente do homem. Por isso o Senhor, depois de condenar aos falsos pastores de Israel, diz: “Eu mesmo reunirei o resto de minhas ovelhas”.
Jesus é Deus conosco. Jesus está diante de nós, o único pastor, o Bom Pastor que reúne as ovelhas desgarradas e perdidas.

Por isso, no Evangelho, Jesus se compadece das pessoas, ao ver que elas andam desorientadas, como ovelhas sem pastor. Ele vê a miséria espiritual do povo: por isso começa a ensinar-lhes. E o milagre que fará posteriormente, a multiplicação dos pães, será o sinal de seu imenso amor de pastor.

Também hoje em dia muita gente anda desorientada, também hoje em dia muitos caminham pelo mundo como ovelhas sem pastor. Parece que cada vez temos mais problemas e menos soluções:
    • O que devemos fazer?
    • Em que devemos crer?
    • Em quem podemos confiar?

Antes, tudo era mais simples, mais claro e definido. As verdades da fé e da religião pareciam imutáveis.

Mas agora tudo é mais complexo e complicado. Agora tudo se move, tudo se questiona, tudo se coloca em dúvida. E isso produz incerteza e angústia em muitas pessoas.
Porque não estão acostumados a viver sob a influência de tantas e tão contraditórias opiniões.

Mas isto é muito perigoso para a verdadeira liberdade. Porque o medo e a angústia facilmente nos levam a submissão incondicional a outros homens. E não há pior desorientação para o ser humano que a de ser ovelha de outro homem. Muitos países experimentaram isso dolorosamente por muito tempo.

Convêm distinguir claramente entre a “liberdade de” e a “liberdade para”. Porque há uma LIBERDADE DE prejulgamentos, interesses egoístas, ideologias, falsos pastores. E outra LIBERDADE PARA buscar a verdade, para amar ao próximo, para fazer a justiça, para seguir ao Bom Pastor.

O passo da simples liberdade dos falsos pastores para a liberdade para seguir ao Bom Pastor é o que chamamos FÉ. A fé nos dá a verdadeira segurança em Deus e nos faz superar toda desorientação, dúvida ou incerteza.

Contudo, é esta fé a que nos dá a verdadeira segurança em Deus e que nos faz superar toda desorientação, dúvida e incerteza.

Quando todas as verdades parecem questionáveis, quando não há quem encontre o caminho, quando a vida se converte em problema então o Bom Pastor nos chama dizendo-nos: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida”.

Peçamos ao Senhor insistentemente, que nos regale mais pastores, porque “a colheita é grande, mas os operários são poucos”.

Perguntas para a reflexão

1. Sinto-me livre para dizer sim para Deus?
2. Busco o bom pastor, só nas crises?
3. Sou daqueles que se queixam da vida?

Se desejar subscrever, comentar o texto ou dar seu testemunho escreva para: pn.reflexiones@gmail.com


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