segunda-feira, 28 de maio de 2012

Sexto Mandamento: Não cometer o adultério


FORMAÇÕES

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O dom da sexualidade humana

O Sexto Mandamento apresenta as ordens do Senhor para a vivência de um dos mais belos dons que Ele concedeu aos homens: a sexualidade humana. Esta afeta todos os aspectos da pessoa humana, em unidade de corpo e alma, diz respeito à afetividade, à capacidade de amar e de procriar e, de maneira mais geral, à aptidão para criar vínculos de comunhão com os outros.
Embora no texto bíblico se leia «não cometerás adultério» (cf. Ex 20,14), a Tradição da Igreja segue complexivamente todos os ensinamentos morais do Antigo e Novo Testamento, e considera o Sexto Mandamento como englobando todos os pecados contra a castidade. 
Afirma o Catecismo da Igreja Católica que Deus criou o ser humano como homem e mulher, com igual dignidade pessoal, e inscreveu neles a vocação ao amor e à comunhão. Compete a cada um aceitar a sua identidade sexual, reconhecendo a sua importância para a pessoa toda, bem como o valor da especificidade e da complementaridade.
O beato João Paulo II, na Exortação Apostólica Familiaris Consortio (FC), afirmou que: "Deus criou o homem à sua imagem e semelhança: chamando-o à existência por amor, chamou-o ao mesmo tempo ao amor. Deus é amor e vive em si mesmo um mistério de comunhão pessoal de amor. Criando-a à sua imagem e conservando-a continuamente no ser, Deus inscreve na humanidade do homem e da mulher a vocação, e, assim, a capacidade e a responsabilidade do amor e da comunhão. O amor é, portanto, a fundamental e originária vocação do ser humano" (FC 11).
Desta maneira, a sexualidade torna-se verdadeiramente humana quando é bem integrada na relação pessoa a pessoa, tendo como via a castidade, que é a integração positiva da sexualidade na pessoa. Esta supõe a aprendizagem do domínio de si, para tal fim, é necessária uma educação integral e permanente em etapas graduais de crescimento.

Assista: "Sexto Mandamento", com professor Felipe Aquino 

Os meios para se viver a castidade propostos pela Igreja são numerosos, dentre eles estão à disposição: a graça de Deus, a ajuda dos sacramentos, a oração, o conhecimento de si, a prática de uma ascese adaptada às situações, o exercício das virtudes morais, em particular da virtude da temperança, que procura fazer com que as paixões sejam guiadas pela razão.
Portanto, todos, seguindo Cristo, nosso modelo de castidade, são chamados a levar uma vida casta, segundo o próprio estado de vida: alguns na virgindade ou no celibato consagrado; os outros, se casados, vivendo a castidade conjugal; os solteiros, namorados, ou seja, todos os não casados devem viver a castidade na continência.
O ato conjugal possuiu um duplo significado: unitivo (a mútua doação dos esposos) e procriador (a abertura à transmissão da vida). Ninguém deve quebrar a conexão inquebrável que Deus quis entre os dois significados do ato conjugal, excluindo um deles. Por isso, a relação sexual, quando não contém estes elementos, é considerada um pecado contra a castidade. São consideradas ofensas à dignidade do matrimônio: o adultério, o divórcio, a poligamia, o incesto, a união de fato (convivência, concubinato) e o ato sexual antes ou fora do matrimônio.
O Catecismo da Igreja Católica afirma que os filhos são um dom de Deus, o maior dom do matrimônio. Não existe um direito a ter filhos («o filho exigido, a todo o custo»). Existe, ao contrário, o direito do filho a ser o fruto do ato conjugal dos seus progenitores e o direito a ser respeitado como pessoa desde o momento da sua concepção. Aqueles casais que não possuem filhos, esgotados os recursos médicos legítimos, podem mostrar a sua generosidade, mediante o cuidado ou a adoção, ou então realizando serviços significativos em favor do próximo. Deste modo, realizarão uma preciosa fecundidade espiritual.
Enfim, o Sexto Mandamento é uma ordem de Deus aos homens para conservarem, em sua vocação original e fundamental, o amor. Desta forma, ele nos ensina a viver a castidade, a paternidade e a maternidade responsáveis dos cônjuges, e a evitarmos os danos morais da fertilização e inseminação artificial, por fim, apresenta diretrizes para a vivência do ato conjugal.
Este mandamento é, sobretudo, uma ordem de Deus aos homens, para que estes vivam a santidade por meio da sexualidade ordenada. Portanto, a vivência deste sacramento se torna um instrumento eficaz de testemunho a Deus, por intermédio de uma vida casta e santa, em meio à sociedade cada vez mais distante imoral.  

Redação Portal
Fonte: Catecismo da Igreja Católica, 2331 a 2400

O companheirismo no casamento


FORMAÇÕES

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É preciso colaborar com a felicidade do outro


É bem comum nas rodas de amigos, as pessoas dizerem que a esposa de fulano é quem manda na casa e quem dá a última palavra. Em outro extremo, ouvimos histórias de maridos que subjugam as esposas, fazendo-as suportar suas manias, pois é ele quem dá as ordens... Por um grande engano, a pessoa pode imaginar que tenha maiores poderes dentro de casa simplesmente pelo fato de manter financeiramente o lar, educar os filhos ou pagar as contas.

Em ambos os casos, temos o exemplo de casais cujos direitos foram usurpados pelo outro. Mas o que poderíamos fazer para tornar mais agradável e equilibrada a nossa convivência como casal?
Ser um bom companheiro(a) no casamento (a) não significa que precisamos ser um espelho do outro, isso é fazer o que ele (a) faz ou ser alguém sem personalidade. No convívio conjugal precisamos demonstrar que estamos imbuídos do mesmo propósito de cultivar a felicidade. Apesar das diferenças de temperamento e de personalidade, comuns dentro do matrimônio, desejamos realizar o projeto de vida que também é aspirado pela outra pessoa.

Uma vez casados, fazemos parte de um time chamado “casamento” e uma maneira de demonstrar que assumimos, verdadeiramente, 
 os compromissos conjugais com o outro é estarmos atentos às coisas que acontecem dentro de casa.

Se em um time de futebol cada jogador pensasse em si haveria uma grande disputa entre os atletas para fazer o gol. Mas para facilitar a realização daquilo que a equipe se propõe a cumprir é preciso pensar no coletivo, de modo que cada integrante contribua, com suas habilidades, com aquilo que foi almejado.
 

Assista: "Amai vossas Esposas para santificá-las", com monsenhor Jonas Abib

O mesmo deve ocorrer na vida conjugal, isto é, o casal já não pode pensar somente no interesse individual. Assim como um bom garçom precisa desenvolver a visão periférica, habituando-se a observar e responder prontamente ao simples aceno de seus clientes; marido e mulher precisam desenvolver uma capacidade semelhante com relação ao que o outro tem a relatar. Pois nem sempre os “acenos” do cônjuge serão tão explícitos como se espera.

Em certas situações queremos falar sobre algo que estamos vivendo para pedir ajuda a fim de lidar com o impacto emocional gerado por um problema. Isso não significa, necessariamente, que desejamos ter a dificuldade resolvida pelo (a) esposo (a). Sem perceber a intenção desse desabafo, o cônjuge pode responder coisas do tipo: “O que você quer que eu faça?”, “Isso não é problema meu…”, ” Eu o (a) avisei…”. Dependendo da maneira como falamos, isso pode causar uma discussão, e, certamente, não será o apoio que o outro gostaria de receber.

Em outros momentos podemos buscar somente a atenção do (a) esposo (a) para aquilo que está acontecendo na nossa vida… 
 Muitas vezes, será necessário que ele (a) apenas ouça o que temos a dizer. Deste modo, passamos a ser para o (a) outro (a) apenas os ouvidos de um psicólogo.

De nossa parte, o cônjuge espera receber o respeito e a atenção ao problema que o (a) aflige sem sarcasmo ou ironia. Qualquer desatenção poderá abrir um precedente para que nosso (a) companheiro (a) comece a contar suas dificuldades a terceiros por lhe parecerem mais compreensivos; fazendo destes indivíduos confidentes.
Quando colocamos a saúde do nosso casamento em primeiro lugar, estruturamos as bases da nossa família no amor e na fidelidade do companheirismo incondicional, exigido pelo casamento.

Lembremos que a nossa maior riqueza está na pessoa que assumimos como esposo (a). Por essa razão, trabalhemos no desenvolvimento das qualidades de nosso temperamento, porque elas tornam os relacionamentos mais fáceis. Sem deixar de considerar que até o mais perfeito dos cônjuges também poderá ter seus momentos intempestivos.

Um abraço

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Dado Moura
contato@dadomoura.com
Dado Moura é membro aliança da Comunidade Canção Nova e trabalha atualmente na Fundação João Paulo II para o Portal Canção Nova como articulista. Autor do livro Relações sadias, laços duradouros
Outros temas do autor: www.dadomoura.com
twitter: @dadomoura
facebook: www.facebook.com/reflexoes

Mensagem do Papa na homilia da festa litúrgica de Pentecostes


papaPENTECOSTESNa missa de Pentecostes celebrada na Basílica de São Pedro, no Vaticano, neste domingo 27 de maio, o Papa Bento XVI disse que a Igreja tem que ser um “lugar de unidade e de comunhão na verdade, neste momento em que o mundo parece reviver a passagem bíblica da Torre de Babel”:
O Papa fez hoje um apelo à unidade e à compreensão entre as pessoas, que a seu ver, são muitas vezes “superficiais e difíceis”, não obstante o progresso tecnológico que melhorou as comunicações e reduziu as distâncias geográficas.

Perduram desequilíbrios que muitas vezes geram outros conflitos; o diálogo entre as gerações se faz árduo e muitas vezes, prevalece a contraposição; assistimos fatos cotidianos que apresentam o homem sempre mais agressivo e irritado; compreender-se parece demasiadamente penoso e cada um prefere permanecer dentro de si, concentrado em seus interesses”.

Em seguida, o Papa advertiu que a sociedade atual está vivendo novamente a experiência de Babel, o trecho bíblico que ilustra um reino em que os homens pensam ter tanto poder para chegar ao céu, abrir suas portas e colocar-se no lugar de Deus, que não se dão conta de construírem a torre uns contra os outros.

Com o progresso da ciência e da técnica, obtivemos o poder de dominar as forças na natureza, de manipular os elementos, de fabricar seres animados, de chegar quase até o próprio ser humano. Nesta situação, rezar a Deus parece algo superado, inútil, porque nós mesmos podemos construir e realizar tudo o que quisermos” – indicou Bento XVI.

Multiplicamos as possibilidades de comunicar, de trocar informações, de transmitir notícias, mas podemos dizer que aumentou a capacidade de nos entendermos, ou, paradoxalmente, nos entendemos cada vez menos? Não existe entre as pessoas uma sensação de desconfiança, de suspeito, de temor recíproco, ao ponto de parecermos perigosos uns para os outros?” – questionou o Papa.

À multidão de fiéis, 40 cardeais e 50 bispos presentes, o Pontífice afirmou que a Igreja deve ser um “lugar de unidade e de comunhão na verdade”, que propicie o encontro e a comunicação das pessoas, na qual os cristãos não se fechem em si mesmos, mas que se “orientem para o todo”.

Bento XVI instou a viver segundo o espírito da unidade e da verdade, e recordou palavras de São Paulo, afirmando que a vida das pessoas está marcada por um conflito interior entre “os impulsos que provêm da carne e os que provêm do espírito, e não podemos segui-los, todos”.

Com efeito, não podemos ser ao mesmo tempo egoístas e generosos, seguir a tendência de dominar os outros e sentir a alegria do serviço desinteressado. Temos sempre que escolher que impulso seguir” – disse o Papa, explicando que “as obras da carne são os pecados de egoísmo e de violência, como inimizade, discórdia, invejas e desacordos: são pensamentos e ações que não fazem viver realmente como humanos e cristãos, no amor. Ao contrário, o Espírito Santo nos guia a Deus”.

domingo, 27 de maio de 2012

Leitura Orante para o dia de Pentecostes



Leitura Orante: Um exercício 
                         
                                                       Atos 2,1-12


  1Quando chegou o dia de Pentecostes, os discípulos estavam reunidos no mesmo lugar. 2De repente, veio do céu um ruído como de um vento forte que encheu toda a casa em que se encontravam.  3Então apareceram línguas como de fogo que se repartiam e pousaram sobre cada um deles.  4Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme  o Espírito lhes concedia expressar-se.
  5Residiam em Jerusalém judeus devotos, de todas as nações que há debaixo do céu. 6Quando ouviram o ruído, reuniu-se a multidão e todos ficaram confusos, pois cada um ouvia os discípulos falar em sua própria língua.  7Cheios de espanto e de  admiração, diziam: “Esse homens que estão falando não são todos galileus? 8Como é que nós os escutamos na nossa língua de origem?  9Nós, que somos partas, da medos, e elamitas, habitantes da Mesopotâmia, da Judeia e da Capadócia, do Ponto e da Ásia,  10da Frígia, da Panfília, do Egito e da parte Líbia próxima de Cirene, e os romanos aqui residentes, judeus e prosélitos,cretenses e árabes, todos nós os escutamos anunciando as maravilhas de Deus em nossa própria língua! 
  12Todos estavam pasmados e perplexos, e diziam uns aos outros: “Que significa isso?” 

 1º passo: LEITURA

O que o texto diz? O que não diz abertamente? Quais as palavras que estão repetidas? Quem são os personagens e qual a reação deles? O que fazem e o que sentem?   

Algumas dicas para ler profundamente o texto
Neste Domingo, com toda a Igreja, celebramos a Festa de Pentecostes. Com esta celebração encerra-se o Tempo Pascal. O envio do Espírito Santo sobre os seguidores de Jesus encerra este tempo rico e abre espaço para a ação do Espírito na comunidade, na Igreja.
Podemos distinguir duas partes em At 2,1-12
Versículos 1-4: a vinda do Espírito Santo sobre os seguidores de Jesus.
Versículos 5-12: a reação dos presentes ante a vinda do Espírito Santo sobre os seguidores de Jesus.

Na primeira parte (2,1-4) descreve-se como o Espírito Santo desce sobre os discípulos. Eles, como todos os judeus, estão em Jerusalém celebrando a festa judaica das Semanas ou também chamada Festa das Primícias ou Pentecostes que é uma das grandes festas do povo judeu. Era a festa dos agricultores, celebrada sete semanas após o início da colheita. Os judeus celebravam a ação de graças pelas primícias das colheitas; na época de Jesus, além disso, davam-se graças pelo dom da Lei e da Aliança do Sinai. A festa era celebrada somente no Templo de Jerusalém, com duração aparente de apenas um dia. No entanto, dela participava muita gente, inclusive vinda de muito longe. Esta festa era celebrada cinquenta dias depois Páscoa. A Páscoa era a festa dos pastores.

Com o tempo, a festa da Páscoa foi associada a um grande acontecimento da história do povo de Israel: passou a lembrar a saída da escravidão do Egito (Dt 16,1-8). E a festa de Pentecostes, tornou-se a festa da renovação da Aliança de Deus com o povo (Dt 16,9-12). 
E é aí, durante a festa de Pentecostes que os discípulos recebem o Espírito Santo. A forma visível de manifestação deste Espírito é variada. Por um lado, o ruído forte que vem do céu, como tormenta que ressoa em todo o ambiente; literalmente, fala-se de um “vento forte” ou de um “vento em forma de rajadas fortes”. Por outro lado, aparecem chamas de fogo que se detêm sobre cada um deles.

Na segunda parte do relato (2,5-12), descreve-se a reação dos que estão presentes na festa, o que, afinal, manifesta outra das ações do Espírito nos seguidores de Jesus. Falam línguas distintas. Apesar de serem todos da região da Galileia, os peregrinos judeus que vieram para a festa, escutam os discípulos falar das maravilhas de Deus no idioma de cada um. O texto nomeia 12 povos e três regiões diferentes, fazendo a  observação de que alguns são judeus de nascimento e outros se “converteram” depois. O Espírito permite que os discípulos comuniquem e deem a conhecer as maravilhas de Deus a todos através da “língua” de cada um, para que cada um possa compreender com clareza a mensagem de Deus. 

Perguntas para ajudar na leitura do texto

Que festa os judeus estão celebrando? 
O que comemoravam nesta de Pentecostes?
Onde se encontram os seguidores de Jesus?
O que se ouve? De onde vem? O que significa?
Que outra manifestação do Espírito se dá neste relato?
Do que enche o Espírito Santo os seguidores de Jesus?
Como os discípulos começam a falar ?
Quem lhes indica o que devem falar?
Quem estava em Jerusalém durante aquela festa? Por que estavam em Jerusalém?
Que fazem quando escutam o ruído na sala? Como reagem? Por que se admiram? O que dizem uns aos outros?
De onde provinham os que estavam admirados?
Quantos lugares são mencionados?
Que religião professam aqueles que vieram de lugares tão distantes?
Qual é o conteúdo do que dizem os discípulos do Senhor e que eles podem compreender em seu próprio idioma?


2º passo: MEDITAÇÃO

O que Deus fala para mim/para nós? Qual versículo me chamou mais a atenção? Qual apelo que Deus me faz? O que devo fazer? Esse texto me sugere alguma mudança de vida?    

Reúno-me com outros seguidores de Jesus para celebrar as principais festas de minha fé?
Como percebo, hoje, a ação do Espírito Santo em minha vida, na vida de meus irmãos, na vida da Igreja?
Como se manifesta o “vento forte” do Espírito Santo?
Sou dócil ao Espírito Santo para falar o que ele me indica?
Deixo-me surpreender pela ação do Espírito que atua na vida de outros irmãos?
Admira-me a ação do Espírito que sopra quando quer e como quer?
Deixo que a ação do Espírito me ensine a falar no “idioma”/linguagem das pessoas de nosso tempo e de nossa cultura, para que possam compreender a mensagem de Deus?
Animo-me a contar e a cantar as maravilhas de Deus a todos os meus irmãos? Ou sou “tímido” e retraído na hora de manifestar minha fé?



3º passo: ORAÇÃO

O que o texto me faz/nos faz dizer a Deus?

É hora de falar a Deus.
O que a festa de hoje me faz dizer a Deus?  Louve ao Senhor pelos dons que o Espírito Santo lhe concedeu, pela inspiração que te dá ao preparar e realizar seus encontros de catequese, de liturgia, etc. Ou suplique o Espírito Santo para situações em sua vida, na vida de sua família e de sua comunidade que você achar necessário. 
Para finalizar este momento poderá rezar:

Espírito de Deus, enviai dos céus um raio de luz! 
Vinde, Pai dos pobres, daí aços corações vossos sete dons.
Consolo que acalma, hóspede da alma, doce alívio, vem!
No labor descanso, na aflição remanso, no calor aragem!
Enchei, luz bendita, chama que crepita, o íntimo de nós!
Sem a luz que acode, nada o homem pode, nenhum bem há nele!
Ao sujo lavai, ao seco regai, curai o doente!
Dobrai o que é duro, guiai no escuro, o frio aquece!
Daí à vossa Igreja, que espera e deseja, vossos sete dons! 
Daí em prêmio ao forte uma santa morte, alegria eterna. Amém!


 4º passo: CONTEMPLAÇÃO/AÇÃO
Como esse  texto ilumina o meu/nosso agir?  
Reflita, em silêncio, sobre o lugar que Espírito Santo ocupa em sua espiritualidade pessoal.
Assuma um compromisso pessoal...como resposta ao texto lido, meditado e orado. 





Dicas: Se fizer a leitura orante com um grupo, prepare bem o local com a Bíblia aberta, uma tocha ou vela acesa ou uma menorá (candelabro) onde colocará as sete velas; também poderá  escrever em tiras de papel (formato de línguas)  os sete dons... e outros símbolos que podem ajudar a interiorizar e rezar melhor! 


Maria Cecília Rover
Assessora da Comissão Episcopal para a Animação Bíblico-Catequética - CNBB

sábado, 26 de maio de 2012

Arquidiocese celebra Pentecostes e lembra os 50 anos do Concílio Vaticano II neste domingo.



No próximo domingo, 27, os católicos celebram uma de suas festas mais importantes, o dia de Pentecostes, que marca o final da Páscoa e o início da missão da Igreja. Para comemorar a data, o clero e os leigos da Arquidiocese de Olinda e Recife se reunirão a partir das 14h, no Pátio do Carmo, bairro de Santo Antônio. O evento deste ano tem como tema “Concílio Vaticano II: 50 anos de vida e renovação na Igreja”. Na programação organizada por representantes de todos os movimentos e pastorais haverá shows, momentos de oração e celebração da missa, presidida pelo arcebispo, dom Antônio Fernando Saburido.

O episódio de Pentecostes está narrado nos Evangelhos. Eles contam que no 50º dia após a Páscoa os apóstolos, juntos com Maria, estavam reunidos em uma casa com medo dos judeus, quando Jesus apareceu “soprou sobre eles e disse: “Recebei o Espírito Santo. A quem perdoardes os pecados serão perdoados. A quem não perdoardes os pecados não serão perdoados””. A partir de então os discípulos começaram a evangelizar pelo mundo.

Para o coordenador arquidiocesano de pastoral, padre Josenildo Tavares, celebrar Pentecostes é comemorar o aniversário da Igreja e, sobretudo, a sua identidade eclesial que existe apesar dos mais variados movimentos e carismas. “É uma data para celebrarmos aquilo que nós somos, uma Igreja agraciada pelos dons do Espírito Santo”, afirmou. O sacerdote explicou também que o evento é uma forma de congregar ainda mais as 107 paróquias da arquidiocese, criando nos fiéis uma cultura de Pentecostes que não fique restrita apenas ao dia da celebração.

Dentro dessa forte espiritualidade está a temática escolhida para este ano, que retoma um dos momentos de mudanças mais profundas na vida da Igreja. A realização do Concílio Vaticano II (1959 – 1962), é considerado um divisor de águas, pois abriu a Igreja principalmente, para o protagonismo dos leigos, conferindo, também a estes fiéis o papel de serem missionários. “Hoje temos leigos mais amadurecidos na fé e que contribuem diariamente para a construção de uma Igreja mais missionária, que é a meta do nosso arcebispo. Por isso, faremos do Pentecostes essa grande comemoração, mas também um momento de reafirmar a nossa missão”, pontuou o padre Josenildo.

Por recomendação de dom Fernando Saburido, neste domingo não haverá missas nas paróquias no período da tarde.

Juventude
A celebração de Pentecostes começa mais cedo para a juventude da Arquidiocese de Olinda e Recife. Grupos juvenis se reunirão a partir das 9h, no Santuário de Fátima, antigo Colégio Nóbrega, no Centro do Recife, para a Jornada Arquidiocesana da Juventude. Lá, haverá momentos de espiritualidade, reflexão e confraternização. Este será o primeiro encontro arquidiocesano depois do Bote Fé Recife – evento de acolhida dos símbolos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ). O tema do evento será “Alegrai-vos sempre no Senhor!”(Fl 4, 4).

A partir das 13h, os jovens realizarão uma caminhada até o Pátio do Carmo. No caminho, os participantes conduzirão uma réplica da Cruz Peregrina. A original, símbolo da JMJ, esteve na arquidiocese em janeiro deste ano. No final da missa, que começará às 17h, os jovens receberão uma bênção especial de dom Fernando Saburido, os enviando para a JMJ 2013, que acontecerá no Rio de Janeiro.

Programação

Santuário de Nossa Senhora do Fátima – Boa Vista
9h – Jornada Arquidiocesana da Juventude
13h– Caminhada da juventude (Santuário de Nossa Senhora de Fátima ao Pátio do Carmo)

Pátio do Carmo – Santo Antônio
14h – Show com a banda Tribos de Jacó
15h – Show com o Frei Damião Silva
15h30 – Show com Zé Vicente (CE)
17h – Missa (Presidente: dom Antônio Fernando Saburido)
Da Assessoria de Comunicação AOR
Fonte:http://www.arquidioceseolindarecife.org

Palavra do Arcebispo


Relatos da viagem missionária à África

Recentemente, nós bispos de Pernambuco, realizamos uma visita missionária à África, passando por Moçambique, Angola e África do Sul. Foi interessante perceber, de início, a diferença da realidade existente entre a África do Sul e os dois outros países visitados. Iniciamos a peregrinação por Moçambique. Naquele país, nos impressionou e emocionou a MISSÃO de DOMBE, localizada na província de Sofala- Diocese de Chimoio que tem à frente Dom Francisco.

São, aproximadamente, 1.200 crianças e jovens de pobreza extrema, assistidos pela Obra de Maria, Fazenda da Esperança e a comunidade das Pequenas Missionárias de Maria Imaculada. Uma população de aproximadamente 90 mil habitantes, com 15 dialetos diferentes, sendo os mais comuns: O Tindal e Chona. Na área da educação, dispõe apenas da alfabetização ao 1º ano do ensino fundamental. Para continuar os estudos precisariam deslocar-se para os centros mais desenvolvidos, o que não é possível por falta de condições econômicas. Dombe não dispõe ainda de energia elétrica. Os 50 km de estrada de barro a partir do asfalto começa a ser trabalhada e, somente em 2014 será inaugurada. A população vive apenas da agricultura, sendo o milho o plantio mais comum. As três refeições que realizam durante o dia, quando é possível, são feitas à base do milho.

A cultura é patriarcal e entre eles é comum a poligamia. Existem homens que possuem até sete esposas. As mulheres são adquiridas através de dotes, pagos aos pais, em geral através de cabritos. Existe o problema do HIV (AIDS) em grande escala na população. Fala-se que, entre 10 mulheres 8 são portadoras do vírus, chamado SIDA na região. Poder contar com a assistência dos missionários na Missão de Dombe é um privilegio. São muitos os adolescentes e jovens da redondeza que chegam para estudar em Dombe, não encontrando abrigo passam a habitar em cabanas, feitas de Madeira e capim, dormindo no chão, sobre esteiras de palha.

Chamou-nos, particular atenção a situação da Igreja em Maputo que está enfrentando perseguição. No dia em que dois dos nossos irmãos, Dom Pepeu e Dom Magnus, chegaram à capital de Moçambique, o Arcebispo Dom Francisco Chimoio (capuchinho) estava celebrando o funeral de um sacerdote assassinado. Isto tem acontecido com frequência com membros da Igreja Católica e ainda não se sabe a identidade do ou dos criminosos, nem os motivos das mortes.

Antes de tomar o avião para Angola, tivemos oportunidade de dar um giro em Joannesburg, cidade onde aconteceu a abertura e encerramento da Copa do Mundo de 2010 e visitar a residência do grande líder Nelson Mandela.

Em Angola, chamou-nos particular atenção a visita à Cabinda, região que luta pela sua independência. No aeroporto nos esperava o Bispo Diocesano Dom Filomeno, pessoa simpaticíssima que ao ser nomeado Bispo de Cabinda sofreu rejeição por não ser nativo, pois provinha da capital de Angola (Luanda). Atualmente, tem grande aceitação e nos acompanhou durante todo o dia com atenção e amabilidade.

Na catedral, com a Igreja superlotada ,e com muita animação, concelebramos a Eucaristia. O povo nos saudava com carinho, cantava e dançava com entusiasmo tal que nos deixou impressionados. Da catedral fomos à casa da Obra de Maria e Seminário Propedêutico. Em seguida fomos à casa do bispo onde nos reunimos com sacerdotes e religiosas que assumem funções de liderança na diocese, para troca de experiências pastorais. Dom Filomeno iniciou com o questionamento: “como lida o Brasil com o problema da fome e AIDS?”. Todos participaram do debate e fomos além do tema, com diálogo muito proveitoso para os dois grupos.

É visível da parte dos africanos, pelo menos nestes três países visitados, o carinho pelo Brasil e seu povo. A todo o momento passava pela nossa memória os séculos de escravidão no Brasil, quando inúmeros africanos foram trazidos à força para aqui servirem com humilhações e maus tratos. Em algumas celebrações, inclusive, tivemos oportunidade de pedir perdão por esta história vergonhosa de nossa nação brasileira. O povo africano é simples e alegre e parece não guardar mágoas deste passado nebuloso, fato que confirma sua grandeza e capacidade de amar e perdoar.

Africa, 11 de Maio de 2012
Dom Antônio Fernando Saburido, OSB
Arcebispo de Olinda e Recife

Fonte: http://www.arquidioceseolindarecife.org

Pentecostes


Festa da comunicação, da presença do Comunicador de Deus, presente no Espírito Santo. Com Ele, a Palavra de Deus tem dimensão globalizada. Palavra que atinge o mundo com força transformadora, provocando mudanças de atitudes. É como o caminho virtual da nova comunicação, passando pelas fibras óticas, chegando instantaneamente nos quatro cantos do mundo.

Pentecostes tem dimensão de solidariedade, cultura de paz, aglutinador, reunindo nele todos os povos para vivenciar a Páscoa do Filho de Deus. Aí está a fonte da salvação e da vida plena para todos. É a plenitude da comunicação do divino com o humano, possibilitando vida mais digna, fraterna e feliz.

Em Pentecostes se celebra a vinda do Espírito Santo, fato este narrado pela bíblia, quase como uma releitura do acontecido no Monte Sinai, quando Moisés recebe de Deus as Tábuas da Lei. Agora é um novo Sinai que acontece, é Deus vindo comunicar-se com seu povo para confirmá-lo na missão.

Falamos aqui sobre o início da ação da Igreja como evangelizadora e instrumento de vida para os que creem. Para isto ela usa a linguagem da comunicação apresentando as propostas do Reino de Deus. A presença do Espírito Santo é a força inspiradora dessa linguagem que atinge os corações.

A paz, o shalom em hebraico, tem o sentido de completar o valor justo, o vazio deixado pelo objeto tirado. Assim entendemos que ela, trazida pelo Espírito Santo, é a eterna harmonia com Deus, com as pessoas e com o universo. Isto deve ser o sonho de todas as pessoas que têm a marca da esperança de um mundo melhor.

Deus, em nossa vida, é a presença da paz e da esperança. Toda comunidade pascal é portadora de paz, sinal da ação do Espírito que faz passar da morte para a vida todo o universo. É uma mensagem que deve combater as forças do mal que fragilizam a dignidade humana. Para isto, o Espírito Santo vem ser a marca unificadora da diversidade na unidade, abrindo portas de vida nova para o mundo.

Dom Paulo Mendes Peixoto
Arcebispo de Uberaba.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Ascensão e Comunicação


O Dia Mundial das Comunicações Sociais, celebrado neste dia 20 de maio, com o tema “Silêncio e Palavra: Caminho de Evangelização” coincide com a Festa da Ascensão do Senhor. Na Ascensão acontece a plenitude da comunicação do Criador com sua criatura, selando definitiva e evidentemente o cumprimento da Aliança de Deus com o seu povo.


A comunicação supõe anúncio de palavras, portanto de vibração de sons, de barulho, mas também exige momentos de silêncio. Às vezes a capacidade de ouvir fala mais alto do que as palavras. A cultura dos ruídos impede uma boa comunicação e dificulta muito o diálogo. Com isto dizemos que o silêncio faz parte integrante da comunicação entre as pessoas.


Ao voltar à Casa do Pai, Jesus comunica aos Apóstolos a missão de anunciadores da Palavra de Deus. Para isto deveriam ser testemunhas de sua ressurreição. Assim dizemos que a Ascensão é a Festa da Comunicação, do encontro e do diálogo entre o humano e o divino, o cumprimento da Aliança de relacionamento entre Deus e àqueles que o reconhecem como Deus.


Na Ascensão Jesus promete enviar, aos Apóstolos e à Igreja toda, o Espírito Santo comunicador, confirmando sua presença definitiva na vida das comunidades cristãs. A grande comunicação confiada a todos nós é que anunciemos o fato de que Jesus ressuscitou e não morreu. Ele continua vivo entre nós.


O poder da comunicação está apoiado, de forma bem determinada, na autenticidade de quem comunica. Jesus foi modelo, com uma comunicação simples, mas com palavras munidas de vida, de coerência e sadia intenção. Ele transfere esse poder para os discípulos, devendo agir nos princípios determinados pelo Mestre.


Devemos saber a linguagem da comunicação de Deus. Ela vem acompanhada de certeza e não de uma nova língua, de um novo idioma, mas um novo modo de comunicar o caminho de libertação, de ascensão e da vida nova do Reino de Deus. É uma linguagem propriamente de evangelização e de ação transformadora do mundo, que tem como base atitudes concretas e de fidelidade à fé.


Dom Paulo Mendes Peixoto
Arcebispo de Uberaba.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Rezemos com o Papa Bento XV - Maio




Intenção Geral: Defender a família
Para que na sociedade sejam promovidas iniciativas que defendam e reforcem o papel da família.

Intenção Missionária: Maria, protetora dos missionários
Para que Maria, Rainha do mundo e Estrela da Evangelização, acompanhe todos os missionários no anúncio de seu Filho Jesus.

As causas da aprovação do aborto pelo STF no Brasil



Reproduzimos a entrevista com experto em bioética, Padre Hélio, publicada pela Agência de Notícias Zenit.org. Por Thácio Siqueira
http://twitter.com/#!/PeHelioLuciano

O Pe. Hélio é sacerdote diocesano da diocese de Florianópolis (SC), graduado em odontologia pela UFSC, no Brasil, graduado em filosofia e teologia pela Universidade de Navarra, na Espanha, Mestrado em bioética pela mesma Faculdade; Mestrando em Teologia Moral pela Pontifícia Universidade da Santa Cruz (PUSC), na Itália, doutorando em bioética pela Faculdade de Medicina do Campus Biomedico di Roma (UNICAMPUS), na Itália e Mebro da Comissão de Bioética da CNBB. Para contato: hélio_bioetica@hotmail.com
O senhor acaba de retornar ao Brasil depois de um período de estudos na Europa. E chegou bem na hora em que o STF aprovava o aborto de bebês anencéfalos. Ainda que os Ministros Brasileiros tenham se sentido portadores de Novas idéias e Revoluções Éticas e Morais, o senhor não acha que estamos diante de pensamentos antigos, que pelo menos há uns dois ou três séculos invadiram o mundo Cristão Ocidental com mais força?
Sem nenhuma dúvida. Toda essa “pseudo-revolução” atual no Brasil – liderada por “pseudo-intelectuais” – não é nada novo na história da humanidade. São ideias da Idade Moderna (séculos XV a XVIII), que foram redesenhadas na primeira metade do século XX e que agora, atrasadamente, chega ao Brasil com maquiagem de ideias pós-contemporâneas. Insisto que é um movimento liderado por “pseudo-intelectuais”, pois não representam de nenhum modo o pensamento e os valores defendidos pela sociedade brasileira. Estes “líderes” querem colocar em prática ideias da Revolução Francesa com o objetivo de “iluminar” o povo brasileiro – mesmo que seja necessário ir contra a vontade deste povo.

Para o senhor, que acaba de chegar ao Brasil, qual é a impressão que tem ao ver um país com maioria Católica aprovar algo que vai contra a Moralidade Cristã e até mesmo contra a Razão científica e médica?
Como você bem diz na pergunta, a decisão contra a vida das crianças anencéfalas não foi apenas uma decisão contra valores cristãos ou católicos. Foi uma aberração jurídica, científico-positiva, ética e moral. O Supremo Tribunal Federal não é competente para realizar a interpretação de uma lei de modo contrário à própria letra da lei, principalmente quando o texto está claramente redatado – este é um princípio básico de hermenêutica jurídica. A questão científica é clara: trata-se de uma vida, pois se a criança estivesse morta não haveria nada para ser julgado. Quanto à ética, é de uma lógica natural que não podemos matar a um inocente. Por fim vem a questão moral, que, baseada na ética, pode ir mais além, assumindo também valores próprios de uma religião, no caso do Brasil a religião Católica e de um modo mais geral as religiões cristãs. Ir contra esses valores não é proclamar a laicidade do Estado, mas fechar os olhos para os valores próprios e históricos de uma nação.

Será que mais do que uma aprovação do Aborto não se busca uma afirmação de um Governo Laicista que pretende mostrar o seu poder diante de tudo o que seja Religião, principalmente diante daquela instituição que tem maior presença como é a Igreja Católica?
Voltamos aqui à questão do modernismo/ Iluminismo. A intenção é fazer que o Estado assuma totalmente a função da religião e tentam fazer isso eliminando os valores próprios da Igreja, como se estes valores não tivessem base no próprio modo de ser humano e não constituíssem os valores e a identidade da Nação. Um Estado laico é necessário – a separação entre Igreja e Estado foi um grande avanço para ambas instituições – porém um Estado laicista, que, ao invés de independência da Religião tenta fazer-se contrário à mesma, é um Estado que desrespeita uma dimensão fundamental do homem – a religiosa.

Porém, esquecem que é justamente através dessas manobras laicistas que despertarão “o Gigante brasileiro”, que possui “filhos que não fugirão à luta”.
As vezes parece que, na nossa "sociedade democrática", todos podem opinar, menos os cristãos e menos ainda os católicos. O senhor acha o mesmo?
Se por democracia entendemos um governo representativo dos valores da população, isso não deveria ser assim. Porém, se a interpretação de “sociedade democrática” for a mesma de “sociedade laicista”, o que haverá – e de fato há – será uma clara discriminação e preconceito a todos os tipos de valores não só religiosos, mas também éticos e morais.

Hoje em dia o único preconceito válido é contra a Igreja e contra os sacerdotes – para este preconceito não existe lei nem punição.
Os argumentos utilizados para defender o aborto do bebê anencéfalo, às vezes, são comoventes e com histórias que parecem convincentes. Escuta-se muito por aí, até mesmo de católicos fervorosos e estudados, que seria muito melhor "interromper" a gestação e que esta interrupção não poderia ser chamada de aborto, já que o ser que estava no ventre materno não estava vivo e nem era uma pessoa. O que o senhor acha disso?
Se não fosse vivo não poderia ser cometido um aborto. Alguns dirão, é vivo, mas não seria humano. Essas pessoas teriam que explicar que espécie de vida seria então – Vegetal? Animal? Com DNA humano?

Os argumentos nesses casos sempre exploram o “sentimentalismo” tão característico do povo brasileiro. Mas não são argumentos racionais e nem mesmo verdadeiros.
Não podemos negar que se trata de uma situação muito complicada para a mãe, pois sabe que o seu filho, que carrega no ventre, não viverá muito tempo. Porém sabemos que mesmo sentimentalmente as mães sofrerão muito mais por terem sido “carrascos” ou mandantes da morte do seu próprio filho do que pela perda natural do mesmo.
Por exemplo, em grandes cadeias de televisão do nosso Brasil mostraram casos de mães que foram "obrigadas" a levar a gestação adiante e que hoje agradecem o governo brasileiro por terem libertado as mães do Brasil desta escravidão, de terem que levar nos seus ventres uma "criatura morta" e sem vida, sem terem a ajuda legal para poder interromper a gestação, ou seja, abortar. O que o senhor acha disso?
Infelizmente alguns meios de comunicação tem se esforçado por difundir ideias consideradas “politicamente corretas”, ainda quando contrárias à natureza própria do ser humano. A estratégia tem sido fazer acreditar que todo o Brasil está de acordo com essas ideias, sendo que o simples telespectador sente-se uma exceção.
Neste caso específico aproveitaram do sofrimento real dessas mães grávidas de anencéfalos para utilizá-las, estrategicamente. Porém não mostraram nenhum caso de mãe que tenha de fato abortado a seu filho anencéfalo, pois essa verdade não ajudaria na estratégia de aprovação.
Outra estratégia foi a de considerar anencéfalos somente os casos mais graves de anencefalia, desconsiderando – e consequentemente não mostrando – crianças anencéfalas já nascidas, como a menina Vitória, por exemplo, que já tem mais de dois anos e estava presente no julgamento do STF. Assim, a opinião pública foi induzida a acreditar que crianças anencéfalas não possuíam nem mesmo cabeça, ao mesmo tempo em que, na prática, se sabe que o diagnóstico de anencefalia é muito difícil de ser auferido e graduado. A partir de agora, todos os casos – inclusive o de crianças como a Vitória – tornaram-se passíveis de aborto.
A lei está aí. Sabemos que lei não é sinônimo de moralidade, mas podem realmente existir leis que vão contra a moralidade?
A lei humana deve sempre responder ao bem do homem e ao bem comum da sociedade. Caso contrário, deixa de ser uma lei e torna-se uma violência contra o homem e a sociedade. Sendo assim, cada pessoa tem a obrigação de desobedece-la.

O nosso dever agora é tentar frear o ativismo legislativo do Supremo Tribunal Federal que surgirá a partir desse juízo. Certamente, decorrente desse último juízo, não tardará a questão do aborto de crianças em outras situações graves. Além disso, de acordo com o voto de muitos dos juízes legitimando o aborto de anencéfalos pela incapacidade dessas crianças de vir a ter consciência plena, não duvidaria que o tema da eutanásia viesse a ser a seguinte polêmica.



Amar para além do agora




Amar para além do agora
Pe. Zezinho, scj


Os que se amam querem-se para além do corpo: são cúmplices de alma. Ele descobre nela o mistério e a importância de ser mulher, porque ela ou é, ou será mãe dos seus filhos. Ela descobre nele o mistério e a importância de ser homem, porque ele será ou é o pai dos seus filhos. O que os move não é apenas o prazer do sexo: é o prazer da pertença, da presença e da continuidade. Também há libido e desejo carnal, mas há um algo mais que transcende ao corpo, à libido e ao desejo.

Para eles as palavras eu te amo, eu te quero, tem outra dimensão. Ela pode contar com ele para o que der e vier, ele conta com ela, sempre, para o que der e vier. Nem um, nem outro acham palavras para descrever o que realmente sentem um pelo outro, mas um sabe o que o outro sente.

Toda essa gama se sentimentos duradouros que incluem confiança, esperança, perdão, admiração, desejo, eles condensam numa palavra: "amor". Assim se tratam. E quando são religiosos, atribuem a Deus a graça de um haver encontrado o outro. Num mundo de bilhões de pessoas, de repente os dois se acharam e de tal maneira se encaixaram que há séculos pareciam ter sido feitos um para o outro.

Era alguém como ele que ela buscava, alguém como ela que ele buscava. Um dia, em algum lugar, em determinada circunstância, os dois olhares se cruzaram. Não se imaginam separados nunca mais, nem mesmo na eternidade.

É por isso que amar é diferente. Isto que se vê nas capas de revistas de bancas, nos vídeos pornográficos, nos programas ousados de televisão, em novelas, nas praias e nas ruas é desejo oculto ou expresso de acasalamento momentâneo. Amar é outra coisa. Casais que se amam sabem a diferença. Os que descobrem que não se amavam e pessoas que jamais amaram, terão um pouco mais de dificuldade para entender esta relação. Por isso, é preciso ouvir os que amam. São donos de si mesmos, mas sabem que já não se pertencem. Amam-se porque um descobriu parte do mistério do outro! O que falta eles pretendem descobrir durante um longo casamento. O amor quando é amor, trabalha com o mistério do tempo...



www.padrezezinhoscj.com
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quinta-feira, 10 de maio de 2012

Maio - Mês de Maria




O Rosário da Virgem Maria (Rosarium Virginis Mariae), que ao sopro do Espírito de Deus se foi formando gradualmente no segundo Milênio, é oração amada por numerosos Santos e estimulada pelo Magistério. Na sua simplicidade e profundidade, permanece, mesmo no terceiro Milênio recém iniciado, uma oração de grande significado e destinada a produzir frutos de santidade. Ela enquadra-se perfeitamente no caminho espiritual de um cristianismo que, passados dois mil anos, nada perdeu da sua frescura original, e sente-se impulsionado pelo Espírito de Deus a « fazer-se ao largo » (duc in altum!) para reafirmar, melhor « gritar » Cristo ao mundo como Senhor e Salvador, como « caminho, verdade e vida » (Jo 14, 6), como « o fim da história humana, o ponto para onde tendem os desejos da história e da civilização ».
O Rosário, de fato, ainda que caracterizado pela sua fisionomia mariana, no seu âmago é oração cristológica. Na sobriedade dos seus elementos, concentra a profundidade de toda a mensagem evangélica,da qual é quase um compêndio. Nele ecoa a oração de Maria, o seu perene Magnificat pela obra da Encarnação redentora iniciada no seu ventre virginal. Com ele, o povo cristão frequenta a escola de Maria, para deixar-se introduzir na contemplação da beleza do rosto de Cristo e na experiência da profundidade do seu amor. Mediante o Rosário, o crente alcança a graça em abundância, como se a recebesse das mesmas mãos da Mãe do Redentor. 
(Introdução da Carta Apostólica "Rosarium Virginis Mariae" do Papa João Paulo II, sobre o Rosário).

Ave Maria


quarta-feira, 9 de maio de 2012

A intimidade do beijo


FORMAÇÕES

Imagem de Destaque


Vivido corretamente eleva o nível do relacionamento





Na vida conjugal, o envolvimento íntimo é perfeitamente concebível e muito importante de ser cultivado. Entretanto, alguns casais que já convivem há algum tempo podem deixar de lado alguns pequenos hábitos – característicos dos envolvimentos românticos – sem perceber. Quando é comentado sobre o assunto, dizem ter perdido o romantismo, que isso é coisa própria de “namoradinhos” ou de recém-casados… Mas o romantismo na vida conjugal não acontece, exclusivamente, na vivência da intimidade sexual, tampouco está compreendido em um determinado período da vida das pessoas.
Sabemos que algumas intimidades não podem ser vividas com os amigos, pois eles pertencem a outro nível de relacionamento. Abraçamos e beijamos nossos colegas, pais, irmãos; mas aquele tipo de beijo que sonhávamos em dar quando éramos adolescentes, hoje só tem seu devido valor se for dado naquela pessoa que faz nosso coração palpitar e nos faz suspirar quando pensamos nela.
Podemos imaginar o assombro que foi na época em que o primeiro beijo na boca foi apresentado como parte do enredo dos filmes nos cinemas. Entretanto, em alguns casamentos a surpresa está em perceber que há muito tempo os casais deixaram de suspirar por viver tal “assombroso” encanto.

Assista: "Saborear o Amor", com o saudoso padre Leo, scj. 

O beijo na boca é um dos carinhos que, dado ao valor de sua intimidade, eleva a qualidade do relacionamento, por isso é necessário como complemento para o envolvimento sexual dentro do casamento. Não me refiro aqui aos “selinhos” que trocamos na pressa do dia a dia ou a outros beijos que damos ao cumprimentar os colegas, mas ao caloroso beijo na boca. Isso faz parte do romantismo dentro da vida conjugal. 
Alguns jovens têm a ideia, equivocada, de que no relacionamento amoroso deve haver obrigatoriamente a intimidade sexual. Para eles, os indicadores de que o namoro está em franco desenvolvimento quase sempre são medidos pela frequência do envolvimento íntimo. Se compararmos alguns casamentos com o modo como alguns namoros acontecem, poderíamos dizer que muitos cônjuges estão vivendo como amigos, quiçá como irmãos. Haverá momentos na vida conjugal em que o casal poderá agir, também, como amigos; assim como haverá outros em que, na intimidade, o cônjuge preferirá, certamente, ter a companhia do(a) esposo(a) mais romântico (a).

Não podemos permitir que os nossos casamentos se esvaziem daqueles carinhos próprios de casais; deixando de viver como pares apaixonados. Se a intimidade do 
beijo na boca está deixando de acontecer entre os casais, esse é o primeiro sinal da rarefação do romantismo que, um dia, embalou os nossos namoros. Se há casais que, dentro do casamento e gozando de plena saúde, ainda assim, não vivem tal intimidade, infelizmente, não estão vivendo um relacionamento romântico, mas sim a afabilidade fraternal.
Da mesma maneira como aconteceu no começo do namoro, quando passamos da fase do andar de mãos dadas e dos abraços até viver a intimidade do beijo, que possam ser esses os caminhos da retomada.
Um abraço e um beijo fraterno 
Foto
Dado Moura
contato@dadomoura.com
Dado Moura é membro aliança da Comunidade Canção Nova e trabalha atualmente na Fundação João Paulo II para o Portal Canção Nova como articulista. Autor do livro Relações sadias, laços duradouros
Outros temas do autor: www.dadomoura.com
twitter: @dadomoura
facebook: www.facebook.com/reflexoes

Catequese com Padre Sergio - Unção dos Enfermos


Este sacramento confere uma graça especial que une mais intimamente o doente à Paixão de Cristo, para o seu bem e de toda a Igreja, dando-lhe conforto, paz, coragem, e também o perdão dos pecados, se ele não puder se confessar. E consente, por vezes, se for a vontade de Deus, também a recuperação da saúde física do fiel. Em todo o caso, essa unção prepara o enfermo para a passagem à Casa do Pai. Por isso, concede-lhe consolação, paz, força e une profundamente a Cristo o doente que se encontra em situação precária e em sofrimento. Tendo em vista que Senhor passou pelas nossas angústias e tomou sobre Si as nossas dores. 

terça-feira, 8 de maio de 2012

Abertas inscrições para Encontro Anual de Liturgia


Estamos nos aproximando da data do Encontro Anual dos Responsáveis por Folhetos Litúrgicos no Brasil, promovido pela Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). O encontro deste ano será realizado nos dias 24 a 26 de julho, tradicionalmente, iniciando e sendo concluído ao meio-dia.


Neste ano o evento será realizado no Hotel Vila Dom Bosco em Campos do Jordão (SP). O valor total da hospedagem, equivalente a duas diárias, será de R$ 240,00 (duzentos e quarenta reais), incluindo refeições e roupa de cama.


A Vila Dom Bosco fica bem no começo de Campos do Jordão, antes do centro comercial. Ao chegar à cidade existe um portal, para chegar ao local do encontro, basta seguir em frente. Existe uma linha de bondinho na cidade, ao cruzar pela mesma e a avenida ficar dupla, virar à esquerda. Você estará na frente da Vila Dom Bosco.


Para quem vem de outros estados e chega pelo aeroporto de Guarulhos, basta pegar ônibus para São José dos Campos (SP), empresa Pássaro Marrom. Ao chegar na cidade, pegar, na rodoviária, ônibus para Campos do Jordão e descer no ponto após a linha do bondinho (Cristo). Ao retornar atravessando a linha férrea, você estará de frente para o Hotel Vila Dom Bosco.


Caso chegue pelo aeroporto de São José dos Campos, o participante deverá ir (ônibus ou taxi) para a rodoviária e lá, pegar um ônibus para Campos do Jordão. Descer no ponto após a linha do bondinho (Cristo). E como já citado, ao retornar atravessando a linha férrea, você estará de frente para o Hotel Vila Dom Bosco. Mais informações sobre o local, confira no site: www.viladombosco.com.br e nos telefones (12) 3662-4217, 3664-3422 e fax (12) 3662-4060.


Aos interessados, pedimos a confirmação da participação até o final de junho, enviando a ficha de inscrição para o seguinte endereço: liturgia2@cnbb.org.br , aos cuidados de irmã Lúcia Silva. O e-mail de inscrição deve conter o nome completo do participante; um endereço eletrônico e telefone para contato. Também deve ser informada a cidade de origem e, por fim, o folheto litúrgico do qual é representante.
Fonte: CNBB