sábado, 21 de dezembro de 2013

Ele veio para o que era seu…


E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos sua glória, a glória que o Filho único recebe do seu Pai, cheio de graça e de verdade. (Jo 1, 8)
Nas quatro semanas do Advento a Igreja nos leva a meditar e preparar o coração para celebrar as duas Vindas de Jesus Cristo. As cores e símbolos da liturgia nos ajudam nisso. A Coroa do Advento com as quatro velas que vão sendo acendidas uma a cada semana nos preparam e ensinam.
A vela vermelha significa a Fé que o Menino traz ao mundo; a certeza de que Deus está conosco, armou a sua tenda entre nós; “revestido de nossa fragilidade, Ele veio uma primeira vez para realizar o seu eterno plano de amor e abrir-nos o caminho da salvação”, diz um dos Prefácios do Advento.
A vela branca a simboliza Paz; este Menino é o “Príncipe da Paz”, disse o profeta Isaias (11,1s). Quando o Seu Reino for implantado, “a justiça será como o cinto de seus rins, e a lealdade circundará seus flancos. Então o lobo será hóspede do cordeiro, a pantera se deitará ao pé do cabrito, o touro e o leão comerão juntos, e um menino pequeno os conduzirá; a vaca e o urso se fraternizarão, suas crias repousarão juntas, e o leão comerá palha com o boi.  A criança de peito brincará junto à toca da víbora, e o menino desmamado meterá a mão na caverna da áspide. Não se fará mal nem dano em todo o meu santo monte, porque a terra estará cheia de ciência do Senhor, assim como as águas recobrem o fundo do mar.” (Is 11, 5-8).
A vela roxa (quase rosa) simboliza a alegria do Menino que chega para salvar. É a alegria mitigada pela cuidadosa vigilância do tempo da espera.
A vela verde traz a simbologia da Esperança que o Deus Menino traz a todos os homens de todos os tempos e todos os lugares. “Sem Deus não há esperança”, disse há pouco o Papa Bento XVI na encíclia “Spe Salvi (Salvos pela Esperança); e “sem esperança não há vida”, concluiu o Pontífice. É esta esperança  de uma vida feliz aqui e no Céu que o grande Menino veio anunciar com sua meiga e frágil presença na manjedoura de Belém.
A primeira vinda de Cristo mostra todo o amor de Deus por nós. Ninguém mais tem o direito de duvidar desse Amor. Ele deixou a glória do Céu, dignou-se assumir a nossa frágil humanidade, para nos levar de volta para o Céu; Ele aceitou viver a nossa vida, derramar as nossas lágrimas, comer nosso pão de cada dia… e, por amor puro a cada um de nós dar um mergulho nas sombras da morte para destruí-la.
“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava junto de Deus e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio junto de Deus. Tudo foi feito por ele, e sem ele nada foi feito. Nele havia a vida, e a vida era a luz dos homens” (Jo 1, 1s).
O amor de Deus não é o amor de novelas, com músicas românticas e palavras sensuais; é amor que se revela por fatos, atos, renúncia, sofrimento…  É amor que gera a vida.
São João apresenta o Menino que vai chegar: “A luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam… Ele era a verdadeira luz que, vindo ao mundo, ilumina todo homem. Estava no mundo e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o reconheceu. Veio para o que era seu, mas os seus não o receberam”. A Luz de Cristo resplandeceu nas trevas mas essas não a compreederam; as trevas fogem da luz, tem medo dela, porque a luz revela o erro. Quem faz o mal, pratica o crime, busca a calada da noite para que a luz não o denuncie. Por isso Jesus foi logo perseguido pelo cruel tirano Herodes Magno.
Disse a Lumen gentium que “só Jesus Cristo revela o homem ao próprio homem”; Ele é “a luz que ilumina todo homem que vem a este mundo”; é por isso que o Papa João Paulo II disse em sua primeira encíclica “Redemptor Hominis” que: “ o homem que não conhece Jesus Cristo permanece para si mesmo um desconhecido, um mistério inexplicável, um enigma insondável”.
Sem Jesus Cristo o homem não sabe quem é, não sabe o que faz neste mundo, não sabe o sentido da vida, do sofrimento, da morte, da dor e das estrelas… é um coitado e um perdido como muitos filósofos ateus que se debateram em meio de suas trevas e acabaram arrastando muitos outros consigo para uma vida vazia e triste. Não foi à toa que muitos jovens suicidaram-se lendo o “Werther” de Goethe e a “Comédia Humana” de Balzac. Depois de ler “A Nova Heloisa” de Jean Jacques Rosseau uma jovem estourou os miolos em uma praça de Genebra e vários jovens se enforcaram em Moscou depois de ler “Os sete que se enforcaram” de Leonid Andreiv”. Só Jesus Cristo “é a Luz que ilumina todo homem que vem a este mundo”. Um dia Karl Wusmann, escritor francês, entre o revolver e o crucifixo, escolheu o crucifixo… e viveu. (J. Mohana, Sofrer e Amar).
“Mas a todos aqueles que o receberam, aos que crêem no seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus, os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas sim de Deus.”
O Natal nos traz esta certeza e esta enorme alegria: somos filhos amados de Deus; que nos fez para Ele, por amor. Ele fez para nós as estrelas, o cosmos, as pedras , os rios, as montanhas, os animais, os peixes das águas e os pássaros do Céu,  o doce fruto da terra, o perfume das flores, a harmonia das cores e o mar que murmura o Seu Nome a cantar… Obrigado Senhor!

Prof. Felipe Aquino

domingo, 8 de dezembro de 2013

A preciosa Bênção dos Pais


A importância da bênção dos pais na vida dos filhos
Quando eu era criança, estava acostumado a pedir a bênção aos meus pais – a qualquer hora que saísse ou chegasse em casa, – naquele apressado “Bença, pai!”, “Bença, mãe!”, tão apressado que quase não ouvia a resposta. Todos nós, quando crianças, estávamos tão acostumados a pedir a bênção dos pais que, quando saíamos sem ela, parecia-nos que faltava algo à nossa segurança ou ao sucesso de nossos planos… Ao menos quatro vezes por dia eu e meus oito irmãos pedíamos a bênção a nossos pais: ao acordar, ao irmos para a escola, ao voltar da escola, e ao se deitar.
Hoje, passados os anos, tenho profunda consciência da importância da bênção dos pais na vida dos filhos. É a Sagrada Escritura que nos alerta da necessidade dessa bênção. Toda a Bíblia está repleta de passagens indicando a importância que Deus dá aos pais na vida dos filhos. Os pais são os cooperadores de Deus na criação dos filhos e, dessa forma, são também um canal aberto para que a bênção divina chegue aos filhos.
O livro do Deuteronômio registra o quarto mandamento: “Honra teu pai e tua mãe, como te mandou o Senhor, para que se prolonguem teus dias e prosperes na terra que te deu o Senhor teu Deus” (Dt 5,16). Desta forma, Deus promete vida longa e prosperidade àqueles que honram os pais. São Paulo disse que esse é “o primeiro mandamento acompanhado de uma promessa de Deus” ( Ef 6,2).
Os livros dos Provérbios e do Eclesiástico estão cheios de versículos que trazem a marca da presença dos pais. Eis um deles: “A bênção paterna fortalece a casa de seus filhos, a maldição de uma mãe a arrasa até os alicerces” (Eclo 3,11). Esse versículo mostra que a bênção dos pais (e também a maldição!) não é simplesmente uma tradição do passado ou mera formalidade social. Muito mais do que isso, a Escritura nos assegura que a bênção dos pais é algo eficaz e real, isto é, um meio que Deus escolheu para agraciar os filhos. Deus quis outorgar aos pais o direito e o poder de fazer a Sua bênção chegar aos filhos. É a forma que Deus usou para deixar clara a importância dos pais. Analisemos estas passagens marcantes:
“Ouvi, meus filhos, os conselhos de vosso pai, segui-os de tal modo que sejais salvos. Pois Deus quis honrar os pais pelos filhos, e cuidadosamente fortaleceu a autoridade da mãe sobre eles.
Quem honra sua mãe é semelhante àquele que acumula um tesouro. Quem honra seu pai achará alegria em seus filhos, será ouvido no dia da oração. Honra teu pai por teus atos, tuas palavras, tua paciência, a fim de que ele te dê sua bênção, e que esta permaneça em ti até o teu último dia. Pois um homem adquire glória com a honra de seu pai,      e um pai sem honra é a vergonha do filho. Como é infame aquele que abandona seu pai, como é amaldiçoado por Deus aquele que irrita sua mãe!” (Eclo 3, 2-3.5-6.9-10.13.18).
Todos esses versículos do capítulo 3 do Eclesiástico mostram claramente a grande importância que Deus dá aos pais na vida dos filhos e, de modo especial, à bênção paterna e materna. Infelizmente, muitos pais parece que já não sentem a prerrogativa que Deus lhes deu para educar formar e abençoar os filhos. Muito já não acreditam no poder da bênção paterna e nem mesmo ensinam os filhos a pedi-la.
Os pais têm uma missão sagrada na terra, pois deles dependem a geração e a educação dos filhos de Deus. Eles são os primeiros mensageiros de Deus na vida dos filhos, sobre os quais têm o poder de atrair as dádivas de Deus. Não importa qual seja a idade do filho, ele sempre deve pedir a bênção de seus pais. E também não importa se o velho pai é um doutor ou um analfabeto, o filho não deve perder a oportunidade de ser abençoado por ele, se possível todos os dias, mesmo já adulto.
Se você ainda tem seus pais (ou apenas um deles) não perca a oportunidade que Deus lhe dá de beijar-lhes as mãos e pedir-lhes a bênção, para que Deus abençoe você, guiando seus passos e protegendo sua vida. Importa jamais nos esquecermos de que enquanto “a bênção paterna fortalece a casa de seus filhos, a maldição de uma mãe a arrasa até os alicerces” (Eclo 3,11).
Prof. Felipe Aquino

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Fazer Algo Diferente


  Desculpe-nos por participar da sua intimidade pessoal cotidiana, através desta     pergunta: O que você costuma fazer, diariamente, no período compreendido entre 7h e 8h da manhã? Qualquer que seja a sua resposta, temos certeza de que se trata de atividades da maior importância para a sua vida no seu dia a dia.
Agora, desejamos formular outra pergunta: Você gostaria de fazer algo diferente?
Diariamente, de segunda à sexta-feira, das 7h às 8h da manhã, o GRUPO CATÓLICO DE ORAÇÃO dedica esse tempo para conversar com Deus em forma de ORAÇÃO, na capela Jesus Mestre em nossa comunidade.
Convidamos você a fim de participar conosco desse momento maravilhoso e, assim, podermos juntos contemplar a LITURGIA DAS HORAS, lermos e refletirmos a PALAVRA DE DEUS e nos fortalecermos com a REZA DO TERÇO.
 Se você quiser e puder juntar-se a nós, certamente a nossa oração tornar-se-á mais forte e mais eficaz. Ainda que você não esteja necessitando de oração, saiba que: Importante mesmo é orar em favor do nosso próximo.
Aguardamos a sua visita com grande expectativa e imensa alegria.

GRUPO CATÓLICO DE ORAÇÃO


CAPELA JESUS MESTRE

terça-feira, 5 de novembro de 2013

O mal que fazem as novelas


Pouco a pouco vão aparecendo os efeitos do mal das novelas em nossas vidas
Certa vez um amigo já falecido, psicólogo, me disse que “as novelas fazem uma pregação sistemática de anti-valores”. Embora isso já faça bastante tempo, eu nunca esqueci esta frase. Meu amigo Franz Victor me disse uma grande verdade.
Enquanto a evangelização procura incutir nas pessoas uma vida de acordo com os valores do Evangelho, a maioria das novelas estraga o povo, incutindo nas pessoas anti-valores cristãos.
As novelas, em sua maioria, exploram as paixões humanas, muito bem espelhadas nos chamados pecados capitais: soberba, ganância, luxúria, gula, ira, inveja e preguiça; e faz delas objeto dos seus enredos, estimulando o erro e o pecado, mas de maneira requintada.
Na maioria delas vemos a exacerbação do sexo; explora-se descaradamente este ponto, desvirtuando o seu sentido e o seu uso. Em muitas cenas podem ser vistos casais não casados vivendo a vida sexual, muitas vezes de maneira explícita, acintosa e provocante; e isto em horário em que as crianças e os jovens estão na sala. Aquilo que um casal casado tem direito de viver na sua intimidade, é colocado a público de maneira despudorada, ferindo os bons costumes e os mandamentos de Deus.
Mas tudo isso é apresentado de uma maneira “inteligente”, com uma requintada técnica de imagens, som, música, e um forte aparato de belas mulheres e rapazes que prendem a atenção do telespectador e os transforma em verdadeiros viciados. Em muitas famílias já não se faz nada na hora da novela, nem mesmo se dá atenção aos que chegam, aos filhos ou aos pais.
Assim, os valores cristãos vão sendo derrubados um a um: a humildade, o desprendimento, a pureza, a continência, a mansidão, a bondade, o perdão, etc. vão sendo jogados por terra, mas de maneira homeopática; aos poucos, lentamente, para não chocar, os valores morais vão sendo suprimidos. Faz-se apologia do sexo a qualquer instante e sem compromisso familiar ou conjugal; aprova-se e estimula-se o homossexualismo como se fosse algo natural e legítimo, quando o Catecismo da Igreja chama a prática homossexual de “depravação grave” (§2357).
O roteiro e enredo dos dramas das novelas são cuidadosamente escolhidos de modo a enfocar os assuntos mais ligados às pessoas e às famílias, mas infelizmente a solução dos problemas é apresentada de maneira nada cristã. O adultério é muitas vezes incentivado de maneira sofisticada e disfarçada, buscando-se quase sempre “justificar” um triângulo amoroso ou uma traição. O telespectador é quase sempre envolvido por uma trama onde um terceiro surge na vida de um homem ou de uma mulher casados que já estão em conflito com seus cônjuges. A cena é formada de modo a que o telespectador seja levado a até desejar que o adultério se consume por causa da “maldade” do cônjuge traído.
E assim, a novela vai envolvendo e “fazendo a cabeça” até mesmo dos cristãos. A consequência disso é que as elas passaram a ser a grande formadora dos valores e da mentalidade da maioria das pessoas, de modo que os comportamentos que antes eram considerados absurdos, agora já não o são, porque as novelas tornaram o pecado palatável. O erro vai se transformando em algo comum e perdendo a sua conotação de pecado.
Por outro lado percebe-se que a novela tira o povo da realidade de sua vida difícil fazendo-o sonhar diante da telinha. Nela ele é levado a realizar o sonho que na vida real jamais terá condições de realizar: grandes viagens aéreas para lugares paradisíacos, casas super-luxuosas com todo requinte de comidas, bebidas, carros, jóias, vestidos, luxo de toda sorte; fazendas belíssimas onde mulheres e rapazes belíssimos se disputam entre si.
E esses modelos de vida recheados de falsos valores são incutidos na cabeça das pessoas. A consequência trágica disso é que a imoralidade campeia na sociedade; a família é destruída pelos divórcios, traições e adultérios; muitos filhos abandonados pelos pais carregando uma carência pode desembocar na tristeza, depressão, bebida e até coisas piores. A banalização do sexo vai produzindo uma geração de mães e pais solteiros que mal assumem os filhos… é a destruição da família.
Por tudo isso, o melhor que se pode fazer é proibir os filhos de acompanharem essas novelas; mas os pais precisam ser inteligentes e saber substituí-las por outras atividades atraentes. Não basta suprimir a novela; é preciso colocar algo melhor em seu lugar. Esta é uma missão urgente dos pais.
Professor Felipe Aquino

domingo, 6 de outubro de 2013

Planejamento Familiar: com que métodos? É questão ética e moral

 

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Casar-se e ter filhos é um sonho de todo homem e mulher normais. Constituída a família, é direito do casal escolher o momento oportuno para procriar, direito que se estende, também, ao número de filhos que desejam ter. Claro que ter ou não filhos supõe motivos sérios, como a maturidade psicológica, necessária para o próprio casamento. Adiar a vinda do primeiro filho para o término dos estudos superiores, quando o casal tiver uma situação financeira razoável para a criação dos filhos, é razão merecedora de respeito por parte da Igreja. Isso é o que se entende por planejamento familiar. Algo bem diferente daquilo que muitos confundem com o controle da natalidade ou a rejeição dos filhos.

Vivemos tempos de intromissão de certos governos, como o da China, onde o Estado, há décadas, determina que os casais tenham um só filho. Como prevalece o desejo do filho homem, multiplicam-se os casos de infanticídio feminino. Um segundo filho é excluído de qualquer proteção do governo quanto à saúde, estudos e outros benefícios. Terrível, mas é o que acontece desde 1949 naquele país, dominado por uma ditadura comunista.

Outra é a situação dos países europeus, onde a média de filhos vem caindo para menos de 1,5% ao ano. França, Alemanha e Itália, preocupados com a diminuição da natalidade, vêm adotando uma política de incentivos e privilégios para os casais que tiverem pelo menos três filhos. Preocupa saber que cresce o número de idosos, dependentes do sistema previdenciário e multiplica-se a mão-de-obra estrangeira. Só na França e na Alemanha são cerca de 10 milhões de muçulmanos, com todos os conflitos culturais que se possa imaginar. Eles rejeitam o controle de natalidade, multiplicando-se rapidamente, além de serem radicais em seus posicionamentos religiosos e políticos.

Se a partir do Concílio Vaticano II o planejamento familiar tornou-se um direito de todo casal, sem interferência do Estado ou mesmo da Igreja, levanta-se hoje o problema dos métodos adotados por casais que não desejam ter filhos além dos que foram gerados. Não é uma questão do livre-arbítrio do casal. É questão ética e moral, da competência dos Pastores da Igreja, aos quais foi confiada por Cristo a tutela dos valores inerentes ao casamento, à vida e outros. Na encíclica "Humanae Vitae" (1968), do Papa Paulo VI, a Igreja firmou a proibição ou iliceidade dos métodos artificiais de contracepção, partindo do ponto de vista ético, da dignidade humana, do direito natural e da revelação divina. Entre esses métodos estão a ligadura das trompas nas mulheres, a vasectomia nos homens, o coito interrompido, o uso de preservativos, o aborto voluntário e outros.

O casal consciente de já ter cumprido o sagrado dever de gerar e criar os filhos que poderiam ter, está livre para adotar a abstinência sexual ou os conhecidos métodos Ogino-Knauss, da "tabelinha", o Sinto-Térmico ou o Método de Ovulação, este último descoberto e proposto pelo casal de cientistas australianos John e Evelin Billings. Prosseguindo no uso do direito que cabe ao casal humano à sua intimidade sexual no que, aliás, cumprem um dever e se santificam, respeitados os dias da fecundidade da mulher e em clima de respeito, os cônjuges terão sempre direito às expressões corporais do próprio amor e ao prazer decorrente desses encontros no leito nupcial.

Com todo respeito, saibam aqueles que se deixaram esterilizar ou prosseguem usando os métodos artificiais que, além dos problemas de consciência que terão e dos efeitos colaterais negativos dos contraceptivos, acabam perdendo parte do mérito correspondente ao cumprimento do próprio direito e dever conjugal. Nesses casos, as responsabilidades de ambos é problema pessoal entre os mesmos e Deus. A Igreja e seus Pastores apontam os caminhos a serem seguidos, não lhes cabendo impor os valores que têm o dever de continuar proclamando. Casais vivendo em tal situação não têm condição de absolvição sacramental e de participação frutuosa na Eucaristia.
Dom Amaury Castanho
artigos@cancaonova.com

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Homenagem a Graças

Irmãos, não queremos que vocês ignorem coisa alguma a respeito dos mortos, para não ficarem tristes como os outros que não têm esperança. Se acreditamos que Jesus morreu e ressuscitou, acreditamos que aqueles que morreram em Jesus serão levados por Deus em sua companhia... Consolem-se, pois, uns aos outros com essas palavras. I Tessalonicenses 4, 13-14, 18. Temos mais uma fiel intercessora na Igreja Celestial. Eis um verdadeiro testemunho de Fé, Serviço e Amor ao próximo. Graças, descanse em Paz.

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

SETEMBRO, MÊS DA BÍBLIA


Estamos em setembro, e no Brasil, já é uma tradição que este mês seja lembrado como o “Mês da Bíblia”. Setembro foi escolhido pelos Bispos do Brasil como o mês da Bíblia, em razão da festa de São Jerônimo, celebrada no dia 30.
São Jerônimo, que viveu entre 340 e 420, foi o secretário do papa Dâmaso e por ele encarregado de revisar a tradução latina da Sagrada Escritura. Essa versão latina feita por São Jerônimo recebeu o nome de Vulgata, que, em latim, significa popular e o seu trabalho é referência nas traduções da Bíblia até os nossos dias.
Ao celebrar o mês da Bíblia, a Igreja nos convida a conhecer mais a fundo a Palavra de Deus, a amá-la, cada vez mais, e a fazer dela, cada dia, uma leitura meditada e rezada. É essencial ao discípulo missionário o contato com a Palavra de Deus para ficar solidamente firmado em Cristo e poder testemunhá-lo no mundo presente, tão necessitado de sua presença. “Desconhecer a Escritura é desconhecer Jesus Cristo e renunciar a anunciá-lo. Se queremos ser discípulos e missionários de Jesus Cristo é indispensável o conhecimento profundo e vivencial da Palavra de Deus. É preciso fundamentar nosso compromisso missionário e toda a nossa vida cristã na rocha da Palavra de Deus” (DA 247).
A Bíblia contém tudo aquilo que Deus quis nos comunicar em relação a nossa salvação. Jesus é o centro e o coração da Bíblia. Em Jesus se cumprem todas as promessas feitas no Antigo Testamento para o Povo de Deus.
Ao lê-la, não devemos nos esquecer que Cristo é o ápice da revelação de Deus. Ele é a Palavra viva de Deus. Todas as palavras da Sagrada Escritura tem seu sentido definitivo Nele, porque é no mistério de sua morte e ressurreição que o plano de Deus para a nossa salvação se cumpre plenamente.

Fonte: site da Arquidiocese de Aparecida

Pastoral e o seu significado


Pastoral é toda a ação da Igreja, fundamentada na ação de Jesus, com vista à implantação do Reino de Deus. A palavra pastoral tem sua raiz em outra palavra que nos é muito familiar: pastor.

A pastoral exercida pela igreja tem como finalidade concretizar a mensagem da Boa Nova, seja nas estruturas sociais, seja no testemunho diário e constante, pelo qual somos chamados a ser: “Sal e Luz do mundo”.

 

A pastoral consiste em atualizar para o nosso tempo as atitudes de Jesus como bom pastor. A boa organização pastoral é fundamental para a vivência comunitária, o aprofundamento e a perseverança na fé. Os organismos vivos da organização Pastoral devem ser voltados para as exigências da Ação Evangelizadora: serviço, diálogo, anúncio e testemunho.

 

Conheça algumas pastorais

 

Crisma

Nascidos para a vida da graça pelo Batismo, é pelo Sacramento da Crisma que recebemos a maturidade da vida espiritual. Ou seja, somos fortalecidos pelo Divino Espírito Santo, que nos torna capazes de defender a nossa Fé, de vencer as tentações, de procurarmos a santidade com todas as forças da alma. Pelo Batismo nós nascemos, pela Crisma nós crescemos na vida da graça. 

Catequese
Sendo o anúncio de Jesus Cristo um momento da evangelização, a catequese  é um modo, dando-lhe continuidade. Sua finalidade é aprofundar e amadurecer a fé, educando o convertido para que se incorpore à comunidade cristã. A catequese sempre supõe a evangelização. Por sua vez à catequese segue-se o terceiro momento: a ação pastoral para os fiéis já iniciados à fé, no seio da comunidade cristã através da formação continuada. Catequese e ação pastoral se impregnam do ardor missionário, visando à adesão mais plena a Jesus Cristo.

Criança
O próprio Jesus Cristo assim falou: “deixai vir a mim as criancinhas”. Daí a importância essa pastoral que além da cuidar das crianças da nossa comunidade paroquial, assistem também suas respectivas mães, orientando-as e oferecendo-lhes informações básicas para bem cuidar da saúde e da educação dos filhos.  
 
Batismo
O Batismo é o nascimento. Como a criança que nasce depende dos pais para viver, também nós dependemos da vida que Deus nos oferece. No Batismo, a Igreja reunida celebra essa experiência de sermos dependentes, filhos de Deus. Pelo Batismo, participamos da vida de Cristo. Jesus Cristo é o grande sinal de que Deus cuida de nós. 


Dízimo
Dízimo é o ato de gratidão a Deus, do qual recebemos tudo o que temos. É devolução a Ele de um pouco do que dele recebemos, por meio da Igreja, para que seu Reino aconteça entre nós. É manifestação de nosso amor a Deus e aos irmãos. É partilha dos bens que estão a nosso dispor, especialmente com os mais necessitados.


Apostolado da Oração
O Apostolado da Oração é a união de pessoas que procuram consagrar suas vidas a Deus pela oração e pelo testemunho. É um serviço à igreja. A principal devoção é o culto ao Sagrado Coração de Jesus. Os membros do Apostolado encontram na oração e na vida sacramental, a força e a vitalidade. O Apostolado da Oração é uma associação de âmbito universal da Igreja Católica. A espiritualidade do Apostolado se baseia no oferecimento do dia, na vivência da Eucaristia, na devoção especial a Nossa Senhora, rezando diariamente o terço, e na invocação do Divino Espírito Santo, fonte de paz e de sabedoria eterna.

Noivos (matrimônio)
A Pastoral dos Noivos, ou do matrimônio, possui como função principal o fornecimento de subsídio aos noivos para a iniciação matrimonial, levando-os ao conhecimento do verdadeiro significado do Sacramento Matrimonial, bem como, a valorização da vivência familiar dentro da comunidade.
Outro aspecto importante é o apontamento da importância da presença de Deus, nesse novo lar que se forma com o matrimônio. 

Vicentinos
 
  As famílias além de alimentos recebem visitas semanais dos Vicentinos que evangelizam, orientam, dão apoio em suas necessidades com medicamentos, gás, pequenas reformas em suas casas, roupas, cobertores e outras formas assistências

Pastoral Familiar
É um serviço que se realiza na Igreja e com a Igreja, de forma organizada e planejada através de agentes da pastoral, com metodologia própria, tendo como objetivo apoiar a família a partir da realidade em que se encontra, para que possa existir e viver dignamente, estabelecer relacionamentos e formar as novas gerações conforme o plano de Deus.
Abrange todas as famílias, independentemente de sua situação familiar, com o propósito de promover a inclusão e resgatar os valores e a dignidade de cada pessoa.


Convocamos os nossos irmãos e irmãs ececeanos, que ainda não estão engajados no serviço pastoral das nossas comunidades paróquias (São Lucas e Nossa Senhora da Conceição), a assumirem, o mais breve possível, esse sublime compromisso que é de todos nós que nos propomos a seguir Jesus Cristo, atendendo assim o seu chamado para que nos coloquemos definitivamente a serviço do Reino de Deus.  

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Aborto e objeção de consciência


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AbortoRecentemente, na novela Amor à Vida, um médico se negou a atender uma paciente que chegou ao hospital em estado de choque após ter provocado um aborto ilegal, alegando que isso iria contra sua consciência. No entanto, a cena misturou dois conceitos, omissão de socorro e objeção de consciência, com o risco de o espectador não perceber a diferença entre as duas situações. Por isso, é preciso fazer observações importantíssimas sobre esta questão apresentada com frequência pela mídia.
O médico tem obrigação ética de prestar socorro a qualquer pessoa em risco de morte ou em situação de emergência; portanto, não existe o recurso da objeção de consciência diante de uma mulher em situação de risco após tentativa de aborto, não importa como ele tenha sido realizado. Isso é completamente diferente de afirmar que um médico é obrigado a realizar um aborto. Neste caso, é-lhe assegurado o direito de objeção de consciência.
Assim, o que houve na novela não corresponde à realidade dos hospitais: negar-se a salvar uma vida em risco iminente é uma infração grave, diferente da objeção de consciência. Inclusive nem é preciso haver uma lei sobre omissão de socorro, porque isso já está no Código de Ética Médica. Entretanto, algumas leis atuais no Brasil têm, na verdade, o objetivo de forçar a liberação do aborto, alegando não existir direito à objeção de consciência para instituições e para o médico nestes casos, porque a mulher correria risco se procurasse um aborto ilegal.
Porém, consideremos: uma pessoa que quiser amputar sua própria mão sem ser por motivo de saúde não pode ser auxiliada pelo médico, que sofrerá severa punição se o fizer – apesar do risco que esta pessoa corre se insistir em fazer o ato de forma insegura. Mas, quando existe a ameaça da realização de um aborto provocado, o médico seria obrigado a fazê-lo? Para dizer que sim é preciso negar a existência de um ser vivo humano em gestação. É preciso negar a humanidade daquele que se quer eliminar.
Uma única morte materna devida ao aborto provocado deve ser lamentada, mas esta não é uma das principais causas de morte de mulheres no Brasil. Dados oficiais do Ministério da Saúde declaram que ocorrem em torno de 450 mil mortes do sexo feminino ao ano. Destas, 66.400 são mulheres em idade fértil, sobretudo devido a doenças do aparelho circulatório e a tumores malignos. O número de mortes após o aborto desde 1996 variou entre 115 e 169 casos por ano, sendo que uma grande parte nada tem a ver com o aborto clandestino, mas com patologias diversas da gestação.
Entre as 450 mil mortes femininas anuais, existem causas graves e evitáveis que matam maior número de mulheres no Brasil – essas, sim, são uma verdadeira questão de saúde pública. O fato de que o aborto é praticado, gerando internações e gastos públicos, também não é argumento, porque a experiência em outros países mostra que a liberação aumenta o seu número, bem como as internações por outros problemas de saúde da mulher no curto, médio e longo prazo; além disso, uma contravenção não deve ser liberada apenas porque é praticada.
O recurso à objeção de consciência é exigência do regime democrático, garantindo ao cidadão o direito de não participar de ato criminoso ou que esteja contra seus princípios. Assim como é dever de consciência oferecer informações verdadeiras à população, sem distorção do significado das palavras e atitudes.
Elizabeth Kipman Cerqueira,
médica ginecologista e obstetra, é coordenadora nacional de Bioética do movimento Brasil sem Aborto.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Existe o sexo seguro?


preservativos
Infelizmente muitos estão sendo enganados, especialmente os nossos jovens,  quando pensam que a “camisinha” previne seguramente contra a contaminação do vírus HIV da AIDS; e cria-se assim a ilusão do “sexo seguro”.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) já avisou que os preservativos não  impedem totalmente a contaminação do vírus, uma vez que esses são muitíssimos menores que os poros do látex de que são feitas as camisinhas.
A revista Seleções (dezembro de 1991, pp.31-33), trouxe um artigo do Dr. Robert C. Noble, condensado de Newsweek de Nova Iorque (1/4/91), que mostra como é ilusória a crença no tal “sexo seguro” com a camisinha.
A pesquisadora Dra. Susan C. Weller, no artigo  A Meta-Analysis of Condom Effectiveness in Reducing Sexually Transmitted HIV, publicado na revista Social Science and Medicine, (1993, vol.36, issue 12, pp.1635-1644), afirma:
“Presta desserviço à população quem estimula a crença de que o condom (camisinha) evitará a transmissão sexual do HIV. O condom não elimina o risco da transmissão sexual; na verdade só pode diminuir um tanto o risco”.
“As pesquisas indicam que  o condom  é 87% eficiente na prevenção da gravidez. Quanto aos estudos da transmissão do HIV, indicam que o condom diminui o risco de infecção pelo HIV aproximadamente em 69%, o que é bem menos do que o que normalmente se supõe” (PR, n° 409/1996, pp. 267-274).
Isto significa que, em média, três relações sexuais com camisinha têm o risco equivalente a uma relação sem camisinha. Convenhamos que é um alto risco, já que a AIDS não tem cura ainda. É uma “roleta russa”.
O Dr. Leopoldo Salmaso, médico epidemiologista no Hospital de Pádua, na Itália, afirma que: “O preservativo pode retardar o contágio, mas não acabar com ele” (idem) .
Pesquisas realizadas pelo Dr. Richard Smith, um especialista americano na transmissão da AIDS, apresenta seis grandes falhas do preservativo, entre as quais a deterioração do látex devido às condições de transporte e embalagem. Afirma o Dr. Richard que:
“O tamanho do vírus HIV da AIDS é 450 vezes menor que o espermatozóide. Estes pequenos vírus podem passar entre os poros do látex tão facilmente em um bom preservativo como em um defeituoso” (Richard Smith, The Condom: Is it really safe saxe?, Public Education Commitee, Seattle, EUA, junho de 1991, p.1-3)
A Rubber Chemistry & Technology, Washington, D.C., junho de 1992, afirma que: “Todos os preservativos têm poros 50 a 500 vezes maiores que o virus da AIDS”.
Vemos, portanto, que é irresponsável, cientificamente, dizer que a camisinha garante o “sexo seguro Como disse o Dr. Lino Ciccone, professor da Universidade de Lugano, na Itália:
“Não se faça caridade jamais às custas da verdade, nem se imponha a verdade voltando as costas à caridade”.
Prof. Felipe Aquino

segunda-feira, 15 de julho de 2013

XXIV ENCONTRO DE CASAIS COM CRISTO



Com a graça de Deus, aconteceu o XXIV ENCONTRO DE CASAIS COM CRISTO da nossa Paróquia São Lucas, nos dias 12, 13 e 14 de julho deste ano. Naqueles dias, 20 casais tiveram a feliz oportunidade de se encherem da luz do Espírito Santo, através da prática da Oração, evangelização e palestras permitiram iluminar ainda mais a mente e o coração de todos os casais que participaram daquele ECC.

Ao final do encontro foi possível visualizar marcado no rosto de cada um participante a alegria e a felicidade alcançadas por tudo aquilo que lhe proporcionou os momentos vivenciados durante a realização de mais um Encontro de Casais com Cristo. Isto nos deixou em nós ENCONTREIROS a nítida e absoluta certeza de que os nossos irmãos ENCONTRISTAS concluíram o XXIV ECC com uma espontânea vontade de continuar participando da nossa família ECECEANA e, assim, assumirem o firme propósito de um belo compromisso e fidelidade a serviço da nossa paróquia e da nossa Igreja Católica, principalmente por ocasião da celebração da Santa Missa, quando naquela ocasião o nosso dirigente espiritual ressaltou, durante a sua homilia, a importância de continuarmos todos sempre nos encontrando com Cristo em todos os momentos de nossa vida.  Tudo isso, é claro, respaldado pelo amor a Cristo que por certo foi despertado e enraizado nos  corações dos nossos irmãos e irmãs encontristas.

A nós encontreiros que já estamos na caminhada, cabe a tarefa de recebermos com muito carinho os nossos irmãos encontristas; amá-los e apoiá-los em sua nova vida comunitária para que, dessa forma, possamos cada vez mais encorajá-los, principalmente quando, se um dia, o cansaço os atingir; estejamos, portanto, sempre dispostos a oferecer-lhes demonstração de exemplo, coragem e serviço em benefício da nossa Igreja e do Reino de Deus.

Finalmente, a atual equipe de dirigentes externa a sua gratidão a Deus, que permitiu a realização de mais um Encontro de Casais com Cristo em nossa paróquia; ao nosso dirigente espiritual Pe. Fabiano por haver autorizado e apoiado a efetivação deste ECC; e, aos nossos irmãos ececeanos que se empenharam com amor e muita espiritualidade nas tarefas desenvolvidas em todas as equipes de trabalho, - ressaltamos aqui, a participação alegre, espontânea e imprescindível de nossos irmãos viúvos e viúvas que, apesar da dor da perda dos respectivos cônjuges, nunca nos abandonaram, assim como nós casais nunca os abandonaremos sempre que estivermos a serviço de Cristo e da nossa Igreja -, demonstrando o verdadeiro amor a Cristo e ao próximo: razão maior da nossa caminhada cristã.

Somos gratos ainda, de forma especial, à direção da FACHO que, mais uma vez, disponibilizou a utilização das dependências daquela instituição educacional, possibilitando assim a realização deste XXIV ECC, de forma confortável, acolhedora e carinhosa.
Por tudo isso... Muito obrigado.       

sábado, 6 de julho de 2013

Os Cinco Mandamentos da Igreja


Uma coisa que muitos católicos não sabem – e por isso não cumprem – é que existem os “Cinco Mandamentos da Igreja”, além dos Dez Mandamentos. Eles não foram revogados pela Igreja com o novo Catecismo de João Paulo II (1992). É preciso entender que Mandamento é algo obrigatório para todos os católicos, diferente de recomendações, conselhos, etc. Cristo deu poderes à Sua Igreja para estabelecer normas para a salvação do povo. Ele disse aos Apóstolos: “Quem vos ouve a mim ouve, quem vos rejeita a mim rejeita, e quem me rejeita, rejeita Aquele que me enviou” (Lc 10,16). “Em verdade, tudo o que ligardes sobre a terra, será ligado no Céu, e tudo o que desligardes sobre a terra, será também desligado no Céu.” (Mt 18,18) Então, a Igreja legisla com o “poder de Cristo”, e quem não a obedece, não obedece a Cristo, e em consequência, ao Pai.
Para a salvação do povo, então, a Igreja estabeleceu Cinco obrigações que todo católico têm de cumprir, conforme ensina o Catecismo da Igreja. Ele diz:
“Os mandamentos da Igreja situam-se nesta linha de uma vida moral ligada à vida litúrgica e que dela se alimenta. O caráter obrigatório dessas leis positivas promulgadas pelas autoridades pastorais tem como fim garantir aos fiéis o mínimo indispensável no espírito de oração e no esforço moral, no crescimento do amor de Deus e do próximo.” (§2041)
Note que o Catecismo diz que isto é o “mínimo indispensável” para o crescimento na vida espiritual; podemos e devemos fazer muito mais, pois isto é apenas o mínimo obrigado pela Igreja. Ela sabe que como Mãe, tem filhos de todos os tipos e condições, portanto, fixa, sabiamente, apenas o mínimo necessário, deixando que cada um, conforme a sua realidade, faça mais. E devemos fazer mais.
1 – Primeiro mandamento da Igreja: “Participar da missa inteira nos domingos e outras festas de guarda e abster-se de ocupações de trabalho”. Ordena aos fiéis que santifiquem o dia em que se comemora a ressurreição do Senhor, e as festas litúrgicas em honra dos mistérios do Senhor, da santíssima Virgem Maria e dos santos, em primeiro lugar participando da celebração eucarística, em que se reúne a comunidade cristã, e se abstendo de trabalhos e negócios que possam impedir tal santificação desses dias (CDC, cân. 1246-1248). (§2042) Os Dias Santos – com obrigação de participar da missa, são esses, conforme o Catecismo: “Devem ser guardados [além dos domingos] o dia do Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo, da Epifania (domingo no Brasil), da Ascensão (domingo) e do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo (Corpus Christi), de Santa Maria, Mãe de Deus (1º de janeiro), de sua Imaculada Conceição (8 de dezembro) e Assunção (domingo), de São José (19 de março), dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo (domingo), e por fim, de Todos os Santos (domingo)” (CDC, cân. 1246,1; n. 2043 após nota 252). (§2177)
2 – Segundo mandamento: “Confessar-se ao menos uma vez por ano”. Assegura a preparação para a Eucaristia pela recepção do sacramento da Reconciliação, que continua a obra de conversão e perdão do Batismo (CDC, cân. 989). É claro que é pouco se Confessar uma vez ao ano, seria bom que cada um se Confessasse ao menos uma vez por mês, fica mais fácil de se lembrar dos pecados e ter a graça para vencer os pecados.
3 – Terceiro mandamento: “Receber o sacramento da Eucaristia ao menos pela Páscoa da ressurreição” (O período pascal vai da Páscoa até festa da Ascenção) e garante um mínimo na recepção do Corpo e do Sangue do Senhor em ligação com as festas pascais, origem e centro da Liturgia cristã (CDC, cân. 920). Também é muito pouco Comungar ao menos uma vez ao ano. A Igreja recomenda (não obriga) a Comunhão diária.
4 – Quarto mandamento: “Jejuar e abster-se de carne, conforme manda a Santa Mãe de Igreja” (No Brasil é na Quarta-feira de cinzas e na Sexta-feira Santa). Este jejum consiste de um leve café da manhã, um almoço leve e um lanche leve à tarde, sem mais nada no meio do dia, nem o cafezinho. Quem desejar pode fazer um jejum mais rigoroso; o obrigatório é o mínimo. Os que já tem mais de sessenta anos estão dispensados da obrigatoriedade, mas podem fazer se desejarem. Diz o Catecismo que o jejum “Determina os tempos de ascese e penitência que nos preparam para as festas litúrgicas; contribuem para nos fazer adquirir o domínio sobre nossos instintos e a liberdade de coração (CDC, cân. 882)”.
5 – Quinto mandamento: “Ajudar a Igreja em suas necessidades” Recorda aos fiéis que devem ir ao encontro das necessidades materiais da Igreja, cada um conforme as próprias possibilidades (CDC, cân. 222). Não é obrigado que o dízimo seja de 10% do salário, nem o Catecismo e nem o Código de Direito Canônico obriga isto, mas é bom e bonito. O importante é, como disse São Paulo, dar com alegria, pois “Deus ama aquele que dá com alegria” (cf. 2Cor 9, 7). Esta ajuda às necessidades da Igreja pode ser dada uma parte na paróquia e em outras obras da Igreja. Nota: Conforme preceito o Código de Direito Canônico, as Conferências Episcopais de cada pais, podem estabelecer outros preceitos eclesiásticos para o seu território (CDC, cân. 455).(§2043) Demos graças a Deus pela Santa Mãe Igreja que nos guia. O Papa Paulo VI disse que “quem não ama a Igreja não ama Jesus Cristo”.
Prof. Felipe Aquino

Forró dos namorados 2013

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Encontro de Casais com Cristo, Equipes de Nossa Senhora e Pastoral Familiar, se unem em prol da família


POR: CNBB

Convocados pela Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família (CEPVF), no dia 09 de junho de 2013, os casais representantes nacionais do Encontro de Casais com Cristo (ECC), Equipes de Nossa Senhora (ENS) e Coordenação Nacional da Pastoral Familiar (PF), reuniram-se na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), com a proposta de identificar e compartilhar em comum ações evangelizadoras em favor da família.
Estavam presentes no encontro: o presidente da CEPVF e bispo de Camaçari, dom João Carlos Petrini; o bispo de Presidente Prudente (SP) e Assistente Eclesiástico Nacional do ECC, dom Benedito Gonçalves dos Santos, os assessores da CEPVF, padre Rafael Fornasier e padre  Wladimir Porreca; os representantes da secretaria nacional do ECC, os casais Joaquim e Aparecida, Ésio  e Marisa e; e representantes das Equipes de Nossa de Senhora, o casal nacional, Aparecida e Raimundo Araújo; e, por fim, o casal coordenador da Comissão Nacional Pastoral Familiar, Raimundo e Vera Leal.




Segundo dom Petrini, o encontro proporcionou a abertura de um trabalho conjunto entre associações que atuam na valorização da família. “Esta reunião constituiu o primeiro passo de um caminho de cooperação, aberto a outros movimentos, serviços e grupos de família”, afirmou o bispo.
Na pauta da reunião, estava a proposta de valorizar a atuação da família na Igreja e na sociedade, em especial na Semana Nacional da Família (SNF). De acordo com os assessores da CEPVF, a proposta foi acolhida pelos participantes com o desejo de que a elaboração, a organização e a participação na SNF, possa acontecer com maior integração do ECC, das ENS e da PF, em todas as comunidades paroquiais.
Outro tema discutido, e acolhido entre os presentes, foi a proposta de elaborar, em conjunto, ações e eventos que se propõem a contribuir com a visibilidade da família no espaço público, bem como, incentivar e promover as comemorações do dia dos pais, das mães, dos avós e as datas festivas e civis.

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Não seja escravo de si mesmo


Figura1A grande libertação que podemos experimentar é a da escravidão que nós mesmos nos impomos. Somos escravos de nós mesmos e dos nossos pecados.
O nosso ego está sentado no trono do nosso coração e não quer sair daí por nada, nem para dar o lugar a Deus, que é o único que tem o direito de ocupá-lo. E esse tirano que está sentado neste trono é exigente, vaidoso, soberbo e manhoso; e nos faz sofrer.
Por que temos angústia e depressão? Por que temos medo? Porque temos receio de que o nosso “eu” seja atingido, contrariado, ameaçado, ferido, e de alguma maneira sofra. Então, ficamos protegendo-o o tempo todo, com medo de que seja atingido.
São precisos muitas vezes “fracassos e decepções” para que cada um de nós aprenda que o único caminho para ser feliz de verdade, que é a “morte de si mesmo”, a morte do amor próprio exagerado, a morte do nosso egoísmo e egocentrismo.
Não foi à toa que Jesus disse: “quem quiser ser meu discípulo renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me” (Lc 9,23). Quando eu não me importar demais com minha reputação, meu amor próprio, então, as calúnias, as fofocas e as críticas contra mim não me farão mais mal; e eu serei feliz apesar delas.
Quando eu não amar mais as riquezas, elas não me farão mais falta e eu não ficarei correndo e sofrendo por causa delas.
Quando eu aceitar não mais estar no centro do universo, não vou ficar mais triste se me marginalizarem ou me colocarem em segundo lugar. E serei feliz assim mesmo. Se eu não mais desejar o primeiro lugar, não mais sofrerei quando o perder.
Quando eu aprender a viver somente com o necessário, não mais sofrerei porque não possuo aquilo que é supérfluo. Muitos dos nossos sofrimentos provém do nosso egoísmo, que escraviza a nós mesmos. O egoísmo engendra a morte dentro de nós, a caridade gera a vida. É claro que é necessário proteger a nós mesmos contra os perigos, as doenças, as dificuldades da vida, etc. Nada contra a sermos previdentes. O que não podemos é ficar “paparicando” a nós mesmos como se fossemos um reizinho que não pode sofrer, ou para quem nada pode dar errado nunca. Todo mundo sofre, todos têm problemas, todos perdem entes queridos, então, por que eu não posso passar por isso? Não sou melhor do que os outros.
É o pecado original que expulsou Deus do trono do coração do homem e aí fez sentar o nosso ego. Este passou a comandar a nossa vida ao invés de Deus, e tudo começou a complicar para o homem e para a humanidade.
A ordem de Jesus de “renunciar a si mesmo” pode parecer a princípio um contrassenso, mas é exatamente o que precisamos, é uma grande sabedoria. “Renunciar a si mesmo”, não quer dizer se desvalorizar ou jogar a vida fora, ao contrário, é deixar Deus ser o guia da sua vida, e não você. É desocupar o trono de onde partem as ordens para a sua vida, e deixar Deus sentar na cadeira de comando. Ora, afinal, quem é mais capaz, você ou Deus, para dirigir a sua vida? Se é Ele, por que então resistir? Quando Jesus diz: “… e siga-me”, Ele está mandando que você obedeça as suas leis, a Sua vontade, a doutrina que a Igreja ensina, e não, viver segundo a “sua” moral e a “sua” lei. Não queira você fazer as leis; obedeça as que Deus fez.
Todo o trabalho de Deus sobre nós, que chamamos de conversão, consiste simplesmente em dar o lugar a Deus no trono do nosso coração. E isto é difícil porque o ego apegou-se a este lugar, pelo pecado, com raízes profundas.
As ações de Deus sobre nós são no sentido de reverter o veneno do pecado original, para convencer o ego a deixar o lugar de Deus e passar a servi-lo, e não de ser servido.
A maneira mais fácil é que nós mesmos façamos esta “cirurgia” com a graça de Deus e a ação do Espírito Santo. Precisamos querer e aceitar deixar o trono que é de Deus para que Ele nos conduza com sabedoria e nos dirija com o seu poder onipotente.
“Senhor eu quero agora mesmo deixar este lugar que eu usurpei e que é Seu. Peço perdão Senhor por tanto tempo ter agido assim e não tê-lo deixado guiar a minha vida.
Mas agora, com todo o meu querer, livremente, amorosamente, Senhor, com gosto, eu dou ao Senhor o trono do meu coração, e quero ficar aos Seus pés, como um servo fiel, atento para ouvir as Suas menores ordens, e executá-las com grande amor. Divino Espírito Santo, sela em meu coração esta decisão para que nunca mais eu volte atrás nela. Amém”.
Quando você viaja de avião, e acontece uma turbulência, você não corre para a cabina do piloto para ajudá-lo ou dar-lhe ordens, porque você não entende nada de navegação aérea e de pilotagem. Apenas você fica quieto na cadeira, com o cinto de segurança atado, até que a turbulência passe, deixando o avião nas mãos do Comandante. Na sua vida deve ser assim também.
Deixe o “Piloto” comandar o voo da sua vida. Ele conhece o “avião”, ele sabe de pilotagem e a turbulência está em Suas mãos. Quando Deus permite que a gente passe por alguma turbulência, Ele está “fazendo uma obra em nós”. Esta obra é para a retirada de nós mesmos do centro de nossa vida; por isso não se assuste. Entregue o comando da vida ao Piloto.
A melhor de todas as penitências que podemos fazer nesta vida é aceitar os sofrimentos que Deus permite que cheguem a nós. É claro que isto é difícil. Os sofrimentos de cada dia de sua vida, todos eles, Deus usa para tirar o seu “eu” do centro da sua vida, para que Ele possa reinar em você. Este é um longo, lento e amoroso trabalho que Deus faz em nós.
Ele sabe o que está fazendo em você, mesmo que lhe pareça tudo muito estranho ou errado. Que sentido pode ter eu perder o emprego, ou tomar um grande prejuízo financeiro, ou perder a esposa?
Eu não sei responder a você, e ninguém sabe, mas Deus sabe que atrás disso há um desígnio de conversão para você. Ter fé é exatamente acreditar no que São Paulo disse: “Tudo concorre para o bem dos que amam a Deus” (Rom 8,28). A lógica de tudo isto, é então, dar glória a Deus no meio deste fogo que me queima mas me purifica. E quando você é capaz de louvar a Deus nesta hora, então, está deixando o trono do seu ser para que Deus sente aí e comande a sua vida. “Aceita tudo o que te acontecer” (Eclo 2,4) diz o livro do Eclesiástico.Quando você aceita que Deus comande a sua vida então, você aceita tudo o que lhe acontece hoje ou possa acontecer amanhã. Tudo está nas Suas mãos. Se você está aflito, angustiado, em pânico, é porque você está preocupado com você mesmo e não está aceitando o que Deus está fazendo com você agora. É duro dizer isto, mas é a realidade; ficamos como que brigando com Deus.
Diga: “Senhor, seja feita a Sua vossa vontade assim na terra como no céu!” quantas vezes for preciso, até que você aprenda a aceitar a vontade de Deus pelo que estiver passando. O medo surge exatamente porque você se sente impotente diante do problema que está a sua frente; humanamente você se vê num beco sem saída e fica em pânico.
Só tem uma saída, aceite tudo o que possa te acontecer, e que você não pode mudar, agora ou depois, e deixe os resultados nas mãos de Deus”.
Prof. Felipe Aquino