sexta-feira, 31 de agosto de 2012

O lazer na vida conjugal


FORMAÇÕES

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Alguns casais têm medo de ficar sozinhos


O casal necessita de tempo para a família. Aqui, nosso olhar estará voltado para o tempo programado pelo casal para estar a sós e se divertir, a fim de que possa, num passo adiante, ter condições para a diversão com os filhos.
Infelizmente, muitos casais não conseguem pensar no divertimento e lazer a sós. Mesmo as desculpas honrosas, como a importância dos filhos, esbarram em absurdos como a necessidade de jamais deixar as crianças. Outras desculpas, simplesmente esfarrapadas, mostram que o casal não se dá bem e tem medo de ficar sozinho por muito tempo.
Divertimento e lazer estão relacionados à importância dada pela família ao estar juntos. Dependem do que aprendemos a respeito de dar valor ou não para a saúde emocional, psicológica e afetiva da família.
Quem herdou, cultivou, reparou que vale a pena se divertir, ter atividades comuns ou somente trabalhou o gosto de ficar junto já percebeu como esse é um aspecto imprescindível para a felicidade.
É preciso ter tempo para namorar, sorrir, gargalhar juntos, sair sem dinheiro, de mãos dadas numa tarde ou noite qualquer, com vontade de viver a vida juntos, relembrar momentos importantes, surpreender um ao outro com perguntas sem graça, ir ao cinema, fazer um lanche, ficar em casa ou combinar um jantar romântico, deixar os filhos com o vizinho ou amigos e planejar uma noite de muito amor sem pressa, cheia de declarações de afeto e carinho.
O lazer diminui tensões, favorece aquelas conversas que ficaram pela metade, ajuda a descobrir novidades no comportamento do outro, dons escondidos e toca naquela felicidade já citada aqui. Casais que não se divertem a sós fogem um do outro. Possuem, ainda, medo de revelar quem são, descuidaram da coisa boa que é admirar um ao outro e precisam conversar sobre isso urgentemente.
E retomando a questão dos filhos, é incrivelmente fundamental que eles cresçam percebendo que seus pais adoram estar juntos. Isso os torna mais maduros e afetivamente seguros.
Para auxiliar esses pontos seguem algumas dicas: Já conversamos sobre a importância de estarmos a sós? Possuímos dificuldades de ter um tempo só nosso? Podemos conversar sobre isso?
(Texto extraído do livro: "Quando o casal reza" de Ricardo e Eliana Sá)
Ricardo e Eliana Sá
#pag. 104

Reflexões



Alguns obstáculos no caminhar para a
santidade familiar

Padre Nicolás Schwizer
Nº. 123 – 15 de janeiro de 2012

1. Sonhar com a família ideal

Um perigo é sonhar com a família ideal e, por
isso, rejeitar a família real. Amar o grupo
familiar é amar a pessoas reais, concretas, de
carne e osso. Quem ama seu sonho de família
mais que a própria família, a julga, a acusa e
condena. Os cristãos são idealistas. Nossos
ideais são sumamente altos: uma família santa é
um desafio fora do comum. Mas os cristãos são
também realistas. Sabem que o crescimento é
lento e que nos exige muita compreensão,
paciência e confiança. Amemos a nossa família
tal como é. Amemos a nossos familiares tal
como são com seus valores e limitações. E a
partir desse amor que é a base de todo,
construamos o futuro.



2. Incapacidade de mudar

Um elemento que pode dificultar o progresso de
uma família é a incapacidade de mudar. Estar
disposto a mudanças ou não é algo pode causar
grandes atritos na vida diária. O crescimento
sempre leva consigo transformação da pessoa, de
sua mentalidade e de sua vida.

Não existe santidade sem grandes mudanças. E a
mudança requer uma combinação de humildade,
valentia, força e energia que podem debilitar-se
com o tempo. Artrite mental ou reumatismo
espiritual, o chama Carlos Vallés, S.J. O lema a
partir dos quarenta pode muito bem ser: “¡deixame
em paz!” Mas em nós, que somos cristãos, é
dizer, jovem de espírito, isso não deveria
acontecer.

O grande inimigo da mudança é o desejo de
segurança. Os caminhos de sempre são claros,
seguros, de confiar. Andando por eles sabemos o
que nos espera e como enfrentar. O novo sempre
implica risco, e o ser humano foge do perigo. A
mudança é sempre contra a corrente.
Entretanto, se buscamos a santidade temos que
ter a fé, o valor e a simplicidade de mudar.

Deixemos que Deus nos mostre novas terras e
nos leve por caminhos desconhecidos. Negar-se
a mudar é endurecer-se, estancar-se. Estar
disposto a mudar é estar disposto a viver, a
crescer, a amadurecer. Estamos dispostos a
isso?

3. Julgar os outros

Outro obstáculo é nossa inclinação a julgar os
outros. As diferenças entre nós, de
mentalidade, forma de ser, critérios distintos,
nos levam a criticar e a julgar com facilidade.

E julgar destrói toda relação. Jesus mesmo
insistia: “Não julgueis”. Não julgar é
mandamento evangélico, é regra básica de
relações humanas e é preceito inevitável de
saúde mental. E, é muito difícil.

Não posso evitar que meus olhos vejam o que
é obvio e que minha mente declare em forma
espontânea que semelhante conduta está mal.
O julgamento de que algo esteja bem ou mal,
deve ser reservado a Deus, o Juiz supremo.

O que posso fazer é expressar claramente
minha opinião sobre uma conduta concreta,
sem emitir um juízo moral sobre ela.

E o que tenho que aprender é limitar meus
comentários a ação, sem julgar a pessoa.
Condenar o pecado e não o pecador é outro
grande princípio cristão. Ademais, se classifica
a pessoa, coloca-se etiqueta, se condena - sem
recurso de apelação.

Perguntas para a reflexão

1. Somos resistentes às mudanças?

2. Julgamos os demais?

3. Como atuo diante da falta de um familiar?

Se desejar subscrever, comentar o texto ou dar seu
testemunho escreva para: pn.reflexiones@gmail.com

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

JMJ Rio2013 / Dois riscos- Padre Zezinho



Igreja lembra os 13 anos de morte de dom Helder Câmara



13anosemdomhelderHá 13 anos, a Igreja Católica perdia um de seus maiores líderes, o arcebispo emérito de Olinda e Recife, dom Helder Câmara. Mais que uma liderança religiosa, dom Helder era referência na luta pela paz e pela justiça social; seus exemplos e palavras foram perpetuados até hoje. Em homenagem à sua memória, hoje, 27 de agosto, dom Helder terá seus restos mortais trasladados para uma capela especialmente projetada para recebê-los na Igreja da Sé, em Olinda. Até então, os restos mortais de dom Helder estavam guardados em um túmulo provisório em frente ao altar da Igreja da Sé.
Junto deles, serão colocados também os despojos do padre Antônio Henrique Pereira Neto e de dom José Lamartine, ambos amigos do arcebispo. Padre Antônio Henrique foi assessor da Pastoral da Juventude durante o pastoreio de dom Helder e dom José Lamartine, bispo auxiliar. A cerimônia será presidida às 9h pelo arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido.
O site ‘Pernambuco’ informa que dom José Lamartine está enterrado em uma espécie de cemitério, localizado atrás da Igreja da Sé. Já o padre Antônio Henrique está sepultado no cemitério da Várzea, na Zona Oeste do Recife.
O trabalho de dom Hélder é conhecido em todo o mundo. Ele foi arcebispo de Olinda e Recife e também desempenhou funções em organizações não-governamentais, movimentos estudantis e operários, ligas comunitárias contra a fome e a miséria. Sofreu retaliações e perseguições por parte das autoridades do regime militar brasileiro.
A Igreja das Fronteiras, bairro da Boa Vista, ficou cheia de fiéis e emoção na manhã deste domingo, 26. Às 11h, o padre Sebastião Sá, celebrou missa em homenagem a dom Helder Câmara, dando prosseguimento à programação que decorre desde a última sexta-feira, para lembrar o aniversário da morte do arcebispo. O local foi escolhido porque lá dom Helder viveu os seus últimos dias, até falecer, em 27 de agosto de 1999.
Padre Antônio Henrique foi torturado e assassinado em 1969, durante o regime militar. O crime está impune até hoje, mas ganhou prioridade nas investigações da Comissão Estadual da Memória e Verdade. O sacerdote é tido como "Mártir da Juventude da Arquidiocese de Olinda e Recife".

O companheirismo no casamento É preciso colaborar com a felicidade do outro


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TEMA: AFETIVIDADE

O companheirismo no casamento

É preciso colaborar com a felicidade do outro

É bem comum nas rodas de amigos, as pessoas dizerem que a esposa de fulano é quem manda na casa e quem dá a última palavra. Em outro extremo, ouvimos histórias de maridos que subjugam as esposas, fazendo-as suportar suas manias, pois é ele quem dá as ordens... Por um grande engano, a pessoa pode imaginar que tenha maiores poderes dentro de casa simplesmente pelo fato de manter financeiramente o lar, educar os filhos ou pagar as contas.

Em ambos os casos, temos o exemplo de casais cujos direitos foram usurpados pelo outro. Mas o que poderíamos fazer para tornar mais agradável e equilibrada a nossa convivência como casal?
Ser um bom companheiro(a) no casamento (a) não significa que precisamos ser um espelho do outro, isso é fazer o que ele (a) faz ou ser alguém sem personalidade. No convívio conjugal precisamos demonstrar que estamos imbuídos do mesmo propósito de cultivar a felicidade. Apesar das diferenças de temperamento e de personalidade, comuns dentro do matrimônio, desejamos realizar o projeto de vida que também é aspirado pela outra pessoa.

Uma vez casados, fazemos parte de um time chamado “casamento” e uma maneira de demonstrar que assumimos, verdadeiramente, 
 os compromissos conjugais com o outro é estarmos atentos às coisas que acontecem dentro de casa.

Se em um time de futebol cada jogador pensasse em si haveria uma grande disputa entre os atletas para fazer o gol. Mas para facilitar a realização daquilo que a equipe se propõe a cumprir é preciso pensar no coletivo, de modo que cada integrante contribua, com suas habilidades, com aquilo que foi almejado.
 

Assista: "Amai vossas Esposas para santificá-las", com monsenhor Jonas Abib

O mesmo deve ocorrer na vida conjugal, isto é, o casal já não pode pensar somente no interesse individual. Assim como um bom garçom precisa desenvolver a visão periférica, habituando-se a observar e responder prontamente ao simples aceno de seus clientes; marido e mulher precisam desenvolver uma capacidade semelhante com relação ao que o outro tem a relatar. Pois nem sempre os “acenos” do cônjuge serão tão explícitos como se espera.

Em certas situações queremos falar sobre algo que estamos vivendo para pedir ajuda a fim de lidar com o impacto emocional gerado por um problema. Isso não significa, necessariamente, que desejamos ter a dificuldade resolvida pelo (a) esposo (a). Sem perceber a intenção desse desabafo, o cônjuge pode responder coisas do tipo: “O que você quer que eu faça?”, “Isso não é problema meu…”, ” Eu o (a) avisei…”. Dependendo da maneira como falamos, isso pode causar uma discussão, e, certamente, não será o apoio que o outro gostaria de receber.

Em outros momentos podemos buscar somente a atenção do (a) esposo (a) para aquilo que está acontecendo na nossa vida… 
 Muitas vezes, será necessário que ele (a) apenas ouça o que temos a dizer. Deste modo, passamos a ser para o (a) outro (a) apenas os ouvidos de um psicólogo.

De nossa parte, o cônjuge espera receber o respeito e a atenção ao problema que o (a) aflige sem sarcasmo ou ironia. Qualquer desatenção poderá abrir um precedente para que nosso (a) companheiro (a) comece a contar suas dificuldades a terceiros por lhe parecerem mais compreensivos; fazendo destes indivíduos confidentes.
Quando colocamos a saúde do nosso casamento em primeiro lugar, estruturamos as bases da nossa família no amor e na fidelidade do companheirismo incondicional, exigido pelo casamento.

Lembremos que a nossa maior riqueza está na pessoa que assumimos como esposo (a). Por essa razão, trabalhemos no desenvolvimento das qualidades de nosso temperamento, porque elas tornam os relacionamentos mais fáceis. Sem deixar de considerar que até o mais perfeito dos cônjuges também poderá ter seus momentos intempestivos.

Um abraço

Enfrentando os percalços da vida Aprendamos a ser lentos no julgar e ávidos em ajudar


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TEMA: AFETIVIDADE

Enfrentando os percalços da vida

Aprendamos a ser lentos no julgar e ávidos em ajudar


Tal como numa película cinematográfica, nossa vida é composta por vários quadros, a qual a cada segundo vai se compondo numa obra de arte. Dentro dessa história, que desejamos contar, temos como "script" nossos projetos de vida. Arriscar-se a vivê-los é o que desejamos fazer; mesmo que não tenhamos a vivência daqueles que já passaram pelos percalços da vida e aprenderam a superá-los. Mas, por mais que outras pessoas tendam a nos recomendar cautela ou até mesmo a nos advertir sobre como devem ser os nossos procedimentos, nem sempre estamos interessados em acolher suas sugestões. Podemos ter a pretensão de que nada do que pensamos possa dar errado. Muitas vezes, acreditamos cegamente que todos os nossos planos vão se cumprir como desejamos. Projetamos nossa vida profissional imaginando que logo após o término da faculdade conseguiremos um bom emprego com um bom salário; etc. Outros projetos incluem casamentos e filhos e na maneira como queremos educá-los... Nada poderá acontecer diferentemente daquilo que foi idealizado.
Achamos – e, por vezes, julgamos – que as dificuldades enfrentadas por outras pessoas, como o desemprego, as desilusões ou qualquer outro fato que as tenha feito se sentir frustradas –, são resultados de suas próprias falhas. Como, por exemplo, ao analisarmos a situação de alguém que viveu o desemprego, julgamos que ele talvez não tenha sido um funcionário exemplar. E aos que experimentaram decepções num relacionamento, de acordo com nossa perspectiva limitada, muitas vezes, julgamos que eles não tenham sido tão espertos como acreditamos que deveriam ter sido; e assim por diante. Corremos o risco de – na soberba de quem está fora da situação – julgar e, talvez, condenar a outrem apenas por aquilo que tomamos conhecimento.
Com o decorrer da nossa própria existência, vamos percebendo que infelizmente não temos o controle das coisas nem a onisciência de que gostaríamos. E assim como o futuro não poupa em surpreender a outros; da mesma forma, não nos poupará.
Ao sairmos para um passeio, imaginamos acessar uma determinada rodovia, calculamos o tempo de percurso, estabelecemos as possíveis paradas para descanso, estimamos o horário de chegada, etc. Fazemos tudo como se nada pudesse sair errado; entretanto, se alguma coisa não acontecer como havíamos planejado, não desistiremos do passeio. Ao contrário, pensaremos rapidamente numa alternativa para que seja possível cumprir o que nos propusemos a realizar. Ter em mente um objetivo a ser cumprido ajuda a nos preparar para as possíveis mudanças e inesperadas adaptações aos planos.
A mesma disposição é necessária também para os percalços que a vida nos prepara. Por maiores que sejam as surpresas reservadas por ela [vida], as dificuldades não podem nos fazer desviar do caminho, fazendo-nos deixar de acreditar em nossa capacidade de cumprir o que havíamos projetado como meta a ser alcançada.
Muitas vezes, devemos estar preparados para assumir um "desvio" que a estrada da nossa vida nos força a tomar, mesmo que não seja uma atitude fácil de se aceitar. Por muitas vezes, ouvimos os mais velhos nos dizer que na vida tudo passa... Enfrentar os fatos e entender que não podemos ficar parados no problema – ajuda-nos a encontrar as saídas necessárias para o impasse momentâneo.
Assim como não desistimos de nossos passeios por conta de um contratempo, como um pneu furado por exemplo, da mesma forma não devemos desistir dos nossos projetos de vida. Ainda que as situações adversas possam levantar barreiras de dificuldades, elas não têm o poder de apagar os nossos planos e projetos. Afinal, sabemos que os desafios, que teremos de enfrentar, não se comparam às alegrias que sentiremos ao superá-los. Entendendo que não estamos imunes aos erros, aprendamos, assim, a ser lentos em julgar e ávidos por auxiliar aos que enfrentam dificuldades, com palavras e atitudes de conforto.
De outro modo, de que serviria uma pessoa que se auto-intitula amiga?

Um abraço

sábado, 18 de agosto de 2012

PARÓQUIA SÃO LUCAS SEMANA DA FAMÍLIA





A Pastoral do Matrimônio e o Grupo de Assistência e Evangelização Cristã (GAEC) comemoraram, na sexta-feira 17 de agosto de 2012, a semana da família, por ocasião da tradicional distribuição do sopão às famílias carentes da nossa comunidade, na Capela de Jesus Mestre.




Naquela oportunidade,  Zuleide  (de Severino), representando a Pastoral do Matrimônio, proferiu uma pequena palestra, baseada no tema: 10 MANDAMENTOS PARA  A PAZ  NA FAMÍLIA, oferecendo assim, mais  informações e orientações às famílias presentes, para serem aplicadas na busca da prática do amor e da paz no meio familiar.


Na sequência, Graças (de Murilo), representando o GAEC fez uma bonita reflexão sobre o texto do Evangelho do dia, que fora anteriormente lido pelo jovem Rafa, representando o EJC.

Naquele momento, Graças levou as pessoas presentes a refletirem sobre a Sagrada Família e, a respeito da visita de Nossa Senhora à sua prima Isabel.

Por fim, foi oferecida às famílias presentes, a distribuição de sopa, pães e um lanche especial,
fechando, dessa forma, as comemorações finais da Semana da Família.  

Família e o trabalho




Hoje, o mercado do trabalho obriga não poucas pessoas, principalmente se são jovens e mulheres, as situações de incerteza constante, impedindo-os de trabalhar com a estabilidade e segurança econômica e social. Impondo “regras” individualistas e egoístas as gerações mais jovens na formação de uma família, e às famílias, a geração e a educação dos seus filhos.

O trabalho é o gesto de justiça com que as pessoas participam no bem da sociedade e contribuem para o bem comum.

A oportuna “flexibilidade” do trabalho, exigida pela chamada “globalização”, não justifica a permanente precariedade de quem tem na sua única “força trabalho” o recurso para assegurar para si mesmo e para a sua família o necessário para viver. Previdências sociais e mecanismos de proteção adequados devem fazer parte da economia do trabalho, a fim de que sobretudo as famílias que vivem os momentos mais delicados, como a maternidade, ou mais difíceis, como a enfermidade e o desemprego, possam contar com uma razoável segurança econômica.

Os ritmos de trabalho contemporâneos, estabelecidos pela economia consumista, limitam até quase anular os espaços da vida comum, sobretudo em família. O perigo de que o trabalho se torne um ídolo é válido também para a família que esquece de Deus, deixando-se absorver completamente pelas ocupações mundanas, na convicção de que nelas se encontra a satisfação de todos os seus desejos. Isto acontece quando a atividade de trabalho assume o primado absoluto das relações familiares e quando ambos os cônjuges buscam apenas o lucro econômico e depositam a sua felicidade unicamente no bem-estar material

O justo equilíbrio de trabalho exige que todos os membros da família tenham discernimento acerca das opções domésticas e profissionais: no trabalho doméstico, todos os membros da família são convidados a colaborar, e não somente as mulheres e a atividade profissional não diminua o relacionamento familiar. Infelizmente, atualmente, a ideologia do lucro e do consumo impedem muitos membros da família a buscarem, com sabedoria e harmonia, o equilíbrio entre trabalho e família. A condição da vida humana prevê para a família cansaço e dor, sobretudo no que diz respeito ao trabalho para o próprio sustento.

No entanto, o cansaço derivado do trabalho encontra sentido e alívio quando é assumido não para o enriquecimento egoísta pessoal, mas sim para compartilhar os recursos de vida na lógica cristã, dentro e fora da família, especialmente com os mais pobres.

No que se refere aos filhos, às vezes os pais “pecam“ ao evitar que os filhos enfrentem qualquer dificuldade. Pois, essa prática pode tornar os filhos incapazes de assumirem num futuro próximo suas responsabilidades.

Aos pais e filhos deve-se sempre recordar que a família é a primeira escola de trabalho e gratuidade, onde se aprende a ser responsável por si mesmo e pelos outros. A vida familiar, com as suas tarefas domésticas, ensina a apreciar o cansaço e a fortalecer a vontade em vista do bem-estar comum e do bem recíproco.

Precisamos promover políticas públicas e sociais que coloquem no centro o ser humano e salvaguardem a criação para garantir a dignidade humana/ familiar e o justo equilíbrio do trabalho na vida familiar.

Além é claro de uma atenção aos pobres, uma dimensão da família saudável, que é uma das mais bonitas formas de amor ao próximo, que uma família possa viver. Saber que mediante o próprio trabalho se ajuda aqueles que não dispõem do que lhes é necessário para viver, fortalece o compromisso e sustêm no cansaço. E mais ainda quando a família se empenha com a promoção da justiça social colaborando para que as políticas públicas tenham como centro a pessoa humana desde do início ao fim natural da sua vida.


Dessa forma a família se torna um sinal de contradição da propriedade egoísta da riqueza e da indiferença pelo bem comum.

Os membros da família ainda são convidados a oferecer aquilo que possuem a quantos nada têm, compartilhar com os pobres as próprias riquezas, procurando reconhecer que tudo o que recebemos é graça, e que na origem da nossa prosperidade existe um dom de Deus, que não pode ser conservado para nós mesmos, mas há de ser dividido com os outro.


Família e Festa



O ser humano moderno criou o tempo livre e perdeu o sentido da festa.

É necessário recuperar o sentido da festa, e de modo particular do domingo, como “um tempo para ser humano”, aliás, “um tempo para a família”. Voltar a encontrar o centro da festa é decisivo também para humanizar o trabalho, para lhe atribuir um significado que não o reduza a ser uma resposta às necessidades, mas que o abra ao relacionamento e à partilha: com a comunidade, com o próximo e com Deus.

Atualmente, a festa como “tempo livre” é vivida no contexto do “fim de semana”. Em vez do descanso e da santificação privilegia-se a diversão, a fuga das cidades, e isto influi sobre a família, principalmente se tem filhos adolescentes e jovens.

Os membros da família tem dificuldade de encontrar um momento de relacionamento familiar. O domingo perde a sua dimensão de dia do Senhor e é vivido mais como um tempo “individual” do que como um espaço “comum”.

O tempo livre no domingo torna-se com frequência um dia “móvel” e corre o risco de não ser mais um dia “fixo”, dificultando o encontro familiar. As pessoas não descansam somente para voltar ao trabalho, mas para fazer festa. É mais oportuno do que nunca que as famílias voltem a descobrir a festa como lugar do encontro com Deus e da proximidade recíproca, criando a atmosfera familiar, sobretudo quando os filhos são pequenos.

As realidades vividas nos primeiros anos na família de origem permanece inscrito para sempre

na memória do ser humano. Também os gestos da fé, no dia do domingo e nas festividades anuais, marcam a vida da família, sobretudo no encontro com o mistério santo de Deus e contribui para a reforçar os relacionamentos familiares.

O encontro com Deus e com o outro é o âmago da festa. A mesa dominical, em casa e com a comunidade, é diferente daquela de todos os dias: a de cada dia serve para sobreviver, mas a do domingo serve para viver a alegria do escuta e comunhão, disponibilidade para o culto e a caridade.

A celebração e o serviço são as suas formas fundamentais da lei, com as quais se honra a Deus e se recebe a sua dádiva de amor: no culto, Deus comunica-nos gratuitamente a sua caridade; no serviço, o dom recebido torna-se amor compartilhado e vivido com os outros.

O dies Domini (dia de Deus) deve tornar se, inclusive, um dies hominis (dia do homem). Se a família se aproximar deste modo da festa, poderá vivê-la como o “dia do Senhor”.

Para experimentar a “presença” do Senhor ressuscitado, a família é exortada aos domingos em especial a deixar-se iluminar pela Eucaristia. A missa torna- se a celebração central, viva e pulsante do dia do Senhor, da sua presença de Ressuscitado aqui e agora. A eucaristia concede-nos a graça de celebrarmos o mistério santo de que vem ao nosso encontro.No domingo, a família encontra o sentido e a razão da semana que se inicia.

Participando na missa, a família dedica espaço e tempo, oferece energias e recursos, aprende que a vida não é feita unicamente de necessidades a atender, mas de relações a construir. A gratuidade da eucaristia dominical exige que a família participe na memória da Páscoa de Jesus. Na missa, a família alimentasse na mesa da palavra e do pão, que dá sabor e sentido às palavras e ao alimento cotidiano compartilhado à mesa da família.

Desde crianças, os filhos têm o direito de serem educados para a escuta da palavra, para descobrir o domingo como “dia do Senhor“. A memória do Crucificado Ressuscitado marca a diferença do domingo em relação ao tempo livre: se não nos encontrarmos com Ele, a festa não se realiza, a comunhão é apenas um sentimento e a caridade se reduz a um gesto de solidariedade, que não constrói a comunidade cristã e não educa para a missão. A eucaristia do domingo enquanto nos introduz no coração de Deus, faz a família, e a família, na comunidade cristã, faz de um certo modo a Eucaristia.

O dia do Senhor faz viver a festa como um tempo para os outros, dia da comunhão e da missão. A Eucaristia é memória do gesto de Jesus: isto é o meu corpo entregue, isto é o meu sangue derramado por vós e por todos. O “por vós e por todos” vincula intimamente a vida fraterna (por vós) e a abertura a todos (por todas as pessoas). Na conjunção “e” encontra-se toda a força da missão evangelizadora da família e da comunidade: é doado a nós, a fim de que venha a ser para todos.

A Diocese e a Paróquia constituem a presença concreta do Evangelho no centro da existência humana. Elas são as figuras mais conhecidas da Igreja, pela sua índole de proximidade e de acolhimento em relação a todos.

Na Paróquia as famílias, “Igreja doméstica”, fazem com que a comunidade paroquial seja uma Igreja no meio das casas das pessoas. A vida quotidiana, com o ritmo de trabalho e de festa, permite ao mundo entrar no seio da família integrando os membros da família ao mundo.

A comunidade cristã é convidada a cuidar das famílias, ajudando-as a evitar à tentação de se fechar no seu “apartamento”, no seu “mundinho” e abrindo-as aos caminhos da fé. O dia do Senhor torna-se dia da Igreja, quando ajuda a experimentar a beleza de um domingo vivido juntos, evitando a banalidade de um fim de semana consumista, para realizar às vezes também experiências de comunhão fraterna entre as famílias.

Na família, os filhos experimentam no dia-a-dia a dedicação gratuita e incansável da parte dos pais e o seu serviço, aprendendo do seu exemplo o segredo do amor. Quando, na comunidade paroquial, os adolescentes e os jovens, tiverem que ampliar o horizonte da caridade às outras pessoas, poderão compartilhar a experiência de amor e de serviço aprendida em casa. O ensino prático da caridade, sobretudo nas famílias com um filho único, deverá abrir-se imediatamente a pequenas ou grandes formas de serviço ao próximo


Pe. Wladimir Porreca


sexta-feira, 17 de agosto de 2012




Caríssimos irmãos Ecceanos,

O nosso Pós-Encontro do mês de agosto será no dia 25/08/2012, às 20h, na Matriz de São Lucas, com o tema VOCAÇÕESParticipem! Sua presença é muito importante. Se possível, levar um kilo de feijão kicaldo para ser doado para a festa do Santuário.

Boletim do ECC - Agosto






quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Um grande sinal



Não sabemos para onde apontam os sinais da realidade brasileira em momentos de campanhas eleitorais e do cenário de julgamento do mensalão. Será que, em tudo isto, está a vitória do povo brasileiro? Quem sairá ganhando e, também, quem vai perder? É a grande incógnita de um país que não se prima pela justiça.

A Festa da Assunção de Maria contempla a vitória de Jesus Cristo sobre todos os poderes que tentam impedir a construção do reino de Deus. Maria é sinal da Igreja, daquela que tem a missão de conduzir o povo para a condição de liberdade e de vida feliz. Isto acontece na prática da fraternidade e da partilha em gesto de justiça.

A fé e o compromisso com o reino da vida são fundamentais. Isto é condição para que a pessoa seja sinal e aponte para o bem de forma correta. A fé na Palavra de Deus gera compromisso e faz das pessoas discípulas e missionárias de uma cultura de paz. Isto supõe dizer, nas palavras de Maria: “Eis a serva do Senhor” (Lc 1, 38).

Ir ao encontro do outro, como o fez Maria em relação a Isabel, algo de revelador acontece. É a generosidade, o serviço, o querer ajudar os mais necessitados. Acaba sendo sinal da presença de Deus, fazendo a pessoa superar todo tipo de atitude egocêntrica, egoísta e alheia às carências dos marginalizados da comunidade.

Tudo na natureza e na história está submetido ao poder de Deus. Mas é uma realidade também sujeita à ação do mal. O Apocalipse apresenta a figura do “dragão” que está, a todo momento, desarticulando os planos do Criador. É o retrato de quem sinaliza o poder destruidor, seja de autoridades ou de pessoas comuns.

Não podemos viver esperanças vãs e nem uma fé inútil, porque deixamos de ser sinal de vida para o mundo. Maria, com muitos títulos, a Mãe de Deus, foi sinal de uma nova realidade. Ela é sinal da Igreja, com a missão de levar Cristo para as pessoas.

Dom Paulo Mendes Peixoto
Arcebispo de Uberaba.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

O Poder da Bênção


.: Ouça essa pregação na íntegra





Continuamos, hoje, nossa jornada rumo à graça de sermos libertos da maldição de toda contaminação maligna. E este texto de Efésios capítulo 6, versículo 10 ( “Finalmente, irmãos, fortalecei-vos no Senhor, pelo seu soberano poder.” ): é muito propício para que tenhamos a couraça, a armadura para nos revestirmos contra as ciladas do inimigo. E precisamos nos educar na verdade. E a verdade é um aprendizado, por isso precisamos buscar essa verdade. Jesus disse: “Eu sou a verdade”Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará. Graças a Deus, o Brasil tem buscado esta verdade e isso nós vemos porque o Brasil é um dos países que mais investe na evangelização através de livros, CD’s, etc. Na Europa, por exemplo, não há muito material religioso.

O Papa, ainda quando cardeal, lançou o compêndio do Catecismo da Igreja Católica, e para quê isso? Para melhorar nossas vidas, para tornar mais fácil o nosso estudo da doutrina da Igreja Católica.

Eu quero falar uma coisa muito triste, mas eu tenho de falar: A ignorância tem levado muita gente para o inferno.

Vocês, pais, eduquem seus filhos na fé. A bênção de Deus está nas mãos de vocês. Se o Papa Bento XVI, que virá ao Brasil em maio de 2007, colocar as mãos na cabeça do seu filho, essa bênção não é maior do que a bênção de vocês pais. Não pense que você é o ‘todo-poderoso’ e sair por aí distribuindo bênçãos. Você tem autoridade para abençoar seus filhos. Temos de retomar a força da bênção nas famílias.

O inimigo sabe que a bênção é muito importante e boa para os filhos, por isso tem tentado acabar com essa atitude tão bela e tão santa. Sendo assim, ele tem feito com que as pessoas levem as roupas de seus filhos a centros espíritas, benzedeiras etc., ao invés de abençoarem elas mesmas os seus filhos.

Olha a sutileza que os meios de comunicação gastam para colocar no ar novelas espíritas. É realmente sutil, porque muitas vezes você chega em casa após sua jornada de trabalho cansado, depois de ter trabalhado o dia inteiro, já chega em casa e busca um sofá para se deitar e já aproveita e liga a TV, que está passando a novela em determinado canal. Você nem viu e o ‘encardido’ já entrou ao assisti-la.

Você deve me perguntar: "Mas, Padre, só de assistir uma novela o demônio vem?" Da mesma maneira como você atrai muitas bênçãos através da TV, como por exemplo, através da Canção Nova, você pode atrair coisas ruins através dessas porcarias de novelas e de tantos outros programas.

O inimigo tem usado de duas coisas muito fortes para fazer as pessoas se perderem: as falsas doutrinas e a mídia (os programas de televisão). Seis horas da tarde, o horário do terço, a maioria da população está na frente da TV assistindo uma novela espírita. Você pode até dizer: "Não tem nada, não! Eu vou à missa todo domingo, não tem problema, não".

O ‘encardido’ é muito sutil. Ele tem agido nessas pequenas coisas. Você não lê a Santa Bíblia, mas, a novelinha você não deixa de assistir um capítulo sequer.

Nós não temos a autoridade de ser exorcistas, mas nós temos o dever de fazer orações de libertação. Clame o Pai, o Filho e o Espírito Santo; reze o terço Bizantino. Peça a Deus!.

Se o seu marido é alcoólatra e você quer que ele seja curado, reze, peça: "Senhor, liberta meu marido do alcoolismo!".

Nós, da Comunidade de Betânia, temos 5 momentos de oração. Rezamos muito! Isso porque sabemos que o demônio age e precisamos estar em ordem de batalha. Não podemos ser bobos de pensar que ele não existe.

"Pai Santo, Pai Querido, Pai Amado, liberta-nos de toda maldição. Nós acolhemos a graça da libertação, por isso livremente, eu renuncio a todo objeto consagrado aos demônios, a toda marca do ‘encardido’ em minha vida; a toda maldição; a tudo aquilo que não vem de Ti, Senhor.Eu quero sair daqui hoje liberto."


Transcrição: Leandro Francisco
Fotos: Anderson Nunes
Áudio: Tatiana Gomes

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Padre Léo, scj 
Padre do Sagrado Coração de Jesus, fundador da Comunidade Bethânia que tem como carisma o trabalho de recuperação de dependentes químicos.

Profissão: Pai


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A transmissão da fé aos filhos


Dar exemplo, dedicar tempo, rezar… a transmissão da fé aos filhos é uma tarefa que exige empenho. 

Quando se busca educar na fé, não se deve separar a semente da doutrina da semente da piedade; é preciso unir o conhecimento com a virtude, a inteligência com os afetos. Neste campo, mais que em muitos outros, os pais e educadores devem cuidar do crescimento harmonioso dos filhos. Não bastam umas quantas práticas de piedade com um verniz de doutrina, nem uma doutrina que fortaleça a convicção de dar o culto devido a Deus, de tratar-lhe, de viver as exigências da mensagem cristã, de fazer apostolado. É preciso que a doutrina se faça vida, que resulte em determinações, que não seja algo desligado do dia a dia, que se converta em compromisso, que leve a amar Cristo e os demais.

Elemento insubstituível da educação é o exemplo concreto, o testemunho vivo dos pais: rezar com os filhos (ao levantar-se, ao deitar-se, ao abençoar os alimentos); dar a devida importância ao papel da fé no lar (prevendo a participação na Santa Missa durante as férias ou procurando lugares sadios – que não sejam dispersivos – para distrair-se) ; ensinar de forma natural a defender e transmitir sua fé, a difundir o amor a Jesus. “Assim, os pais infundem profundamente, no coração de seus filhos, deixando marcas que os acontecimentos posteriores da vida não conseguirão apagar”.

É necessário dedicar tempo aos filhos: o tempo é vida, e a vida – a de Cristo que vive no cristão – é o melhor que se lhes pode dar. Passear, organizar excursões, falar de suas preocupações, de seus conflitos. Na transmissão da fé, é preciso, sobretudo, “estar e rezar”; e se nos equivocarmos, pediremos perdão. Por outro lado, experimentar o perdão, o qual o leva a sentir que o amor que se lhes tem é incondicional.

Assista também: "O poder da Benção", com o saudoso padre Léo 

Explica Bento XVI que os mais jovens, “desde que são pequenos, têm necessidade de Deus e capacidade de perceber Sua grandeza; sabem apreciar o valor da oração e dos ritos, assim como intuir a diferença entre o bem e o mal, acompanhando-os, portanto, na fé, desde a idade mais tenra”. Conseguir nos filhos a unidade no que se crê e o que se vive é um desafio que deve enfrentar evitando a improvisação, e com certa mentalidade profissional.

A educação na fé deve ser equilibrada e sistemática. Trata-se de transmitir uma mensagem de salvação, que afeta toda a pessoa e deve enraizar-se na cabeça e no coração de quem a recebe, ou seja, entre os quais mais queremos. Está em jogo a amizade que os filhos tenham com Jesus Cristo, tarefa que merece os melhores esforços. Deus conta com nosso interesse por fazer-lhes acessível à doutrina, para dar-lhes Sua graça e fixar-se em suas almas; por isso, o modo de comunicar não é algo acrescentado ou secundário à transmissão da fé, mas que pertence à sua dinâmica.

Para ser um bom médico não é suficiente atender os pacientes: há de estudar, ler, refletir, perguntar, investigar, assistir a congressos. Para sermos pais, temos de dedicar tempo e nos examinarmos sobre como melhorar no próprio trabalho educativo. Em nossa vida familiar saber é importante; o saber fazer é imprescindível e o querer fazer é determinante. Pode não ser fácil, porém convém sempre tirar alguns minutos do dia, ou umas horas nos períodos de férias, para dedicá-los à própria formação pedagógica.

Não faltam recursos que possam ajudar a este perfeccionismo: abundam os livros, vídeos e portais da internet bem orientados, nos quais os pais encontram ideias para educar melhor. Ademais, são especialmente eficazes os cursos de Orientação Familiar, que não só transmitem conhecimento ou técnicas, mas ajudam a percorrer o caminho da educação dos filhos e o da melhoria pessoal, matrimonial e familiar.

Conhecer com mais clareza as características próprias da idade dos filhos, assim como o ambiente no qual se movem seus iguais, forma parte do interesse normal por saber o que pensam, o que os move, o que os põe em dúvida. Em ultima análise, permita-se conhecê-los e isso facilitará educá-los de um modo mais consciente e responsável.

As dores do crescimento


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Paciência é fundamental na arte de crescer


Ele era um menino cheio de vida, gostava de correr no campo, jogar bola, apreciar as cores da natureza; os detalhes dos acontecimentos não lhes passavam despercebidos. No entanto, muitas vezes, acordava durante a noite chorando com dores nos braços e nas pernas. Os pais, preocupados em busca da cura, foram aconselhados a deixar o tempo passar, pois lhes diziam: "são as dores do crescimento". 

Quando meu amigo me contou essa fase de sua vida, fiquei o resto do dia com esta lição. Na verdade, crescer dói, porque exige mudanças. Mudar é exigente, pois nos desinstala, nos tira da zona de conforto e nos lança para o desconhecido. Aliás, a mudança nos rouba algo que passamos a vida inteira tentando conquistar: a segurança. Naturalmente, trabalhamos, estudamos, investimos nos relacionamentos e fazemos tantas outras coisas visando a segurança de uma vida tranquila e estável neste mundo. 

Gostamos de saber qual é o terreno que nossos pés estão pisando e onde vai nos levar o caminho que optamos por seguir. É por isso que nos sentimos tão ameaçados quando a mudança chega, seja por escolha, necessidade ou até mesmo obrigação. É como se o chão fugisse dos nossos pés. É preciso ter fé, arte e generosidade para saber recomeçar sem fugir do desafio. É nesta hora que o crescimento nos estende a mão e costuma caminhar, lado a lado, com a mudança; ele quer nosso bem, mesmo que, nem sempre, seja compreendido. 

O fim de um relacionamento, por exemplo, geralmente é um momento de dor, mas também de crescimento se ficarmos com o melhor que a pessoa nos ofereceu. Uma mudança inesperada de emprego também é uma ótima oportunidade para crescer e aprender coisas novas, mudar de cidade, de escola, ter de frequentar novos ambientes, conquistar novas amizades. Tudo isso, embora nos custe certo sacrifício, também nos dará prazer e nos fará crescer se soubermos acolher a novidade de coração aberto.

Assista também: "Paciência, sinal da confiança em Deus", com Alexandre Oliveira 

Até mesmo a dor pela morte de uma pessoa querida, por mais difícil que seja, pode nos proporcionar crescimento se conseguirmos superar o luto com o olhar fixo na ressurreição. A vida segue seu rumo; entre perdas e conquistas, dores e alegrias, surgem as oportunidades para crescer a cada dia, como surgem os primeiros raios de sol a cada amanhecer. Saber conciliar os acontecimentos é uma graça, mas também um desafio. Aliás, crescer é um dos maiores desafios do ser humano, até o próprio nascimento já é uma exigência ao nosso ser; e quando se fala em crescer para o amor e para a sabedoria, o processo costuma ser lento, além de ser uma questão de escolha e paciência constantes.

Paciência é fundamental na arte de crescer, pois não se atinge a estatura adulta de um hora para outra. Nos relacionamentos, é comum, mesmo entre as pessoas que se amam, aparecerem os conflitos. Na maioria dos casos, o motivo é a falta de paciência com o crescimento do outro. Neste caso, quem conseguir respeitar a opinião alheia, mesmo sem abrir mão da sua e aguardar o momento em que Deus dará luz, fazendo com que a harmonia vença, certamente crescerá mais do que quem optar por continuar defendendo seu ponto de vista. Mesmo que, agindo assim, enfraqueça a amizade ou até cause feridas. É preciso ser amigo do tempo, também é importante lembrar que o sofrimento, causado pela mudança, mantém as pessoas mais humildes e vigilantes para amar e servir mais, priorizando o que realmente vale a pena. 

Os momentos de maiores provações em minha vida foram quando percebi mais mudanças no meu jeito de ser e agir, ou seja, quando cresci. Recordo-me de uma época de enfermidade, por exemplo, quando eu dependia da ajuda de pessoas até para realizar as coisas mais comuns como prender o cabelo, vestir a roupa e até me alimentar. Depois, tornei-me muito mais solícita às necessidades alheias. Hoje, quando vejo alguém limitado neste sentido, naturalmente me antecipo em ajudar. Talvez seja por isso que o Senhor diz em Sua Palavra: "A minha graça te basta, porque o meu poder se manifesta na fraqueza" (2 Cor 12,9).

Acredito que é assim quando Deus permite que a dor nos visite, pois, certamente, está nos oferecendo a oportunidade de crescermos em algum aspecto de nossa vida. Que saibamos acolher o desafio com serenidade e confiança, unindo nosso sacrifício ao sofrimento que o próprio Deus experimentou ao morrer por amor a cada um de nós. Enquanto a humanidade procura soluções rápidas e imediatas para o sofrimento, nós cristãos devemos buscar forças na cruz de Cristo. É nela que podemos encontrar resposta para as nossas dores e anseios.

Mais do que um símbolo de sofrimento, a cruz é a nossa esperança e a certeza de que Deus não nos criou para as coisas pequenas e passageiras deste mundo, mas para o infinito, para uma vida plena e feliz. Portanto, coragem, não tenhamos medo de crescer! A dor do crescimento é passageira e a felicidade conquistada pela perseverança é eterna. Estamos juntos.
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Dijanira Silva
dijanira@geracaophn.com
Dijanira Silva, missionária da Comunidade Canção Nova, atualmente reside a missão de Fátima/Portugal. Apresentadora da Rádio CN FM 103.7 em Fátima.
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Subsídio “Hora da Família” direciona trabalhos da Semana Nacional da Família


A Comissão  oferece para a Semana nacional da Família 2012 o subsídio “Hora da Família” 2012 para ser um instrumento eficaz, para ser usado durante todo o ano, em especial, na Semana Nacional da Família, para introduzir a reflexão e celebração sobre o tema da família na dimensão do trabalho e na festa. O periódico foi elaborado a partir das catequeses do Encontro Mundial das Famílias com o Papa Bento XVI em Milão, na Itália, realizado nos dias 30 de maio a 03 de junho.
De acordo com o subsídio, Família, trabalho e festa são um trinômio que começa com a família, para compartilhá-la com o mundo. O trabalho e a festa são modos como a família ocupa o “espaço” social e vive o “tempo” humano. O tema coloca em evidência o casal homem-mulher junto ao seu estilo de vida: o modo de viver os relacionamentos (a família), de habitar o mundo (o trabalho) e de humanizar o tempo (a festa).
Segundo o assessor da Comissão para a Vida e a Família, padre Wladimir Porreca, “o objetivo do tema é pensar na família como ‘patrimônio da humanidade’ sugerindo, assim, a ideia que a família é patrimônio de todos, contribuindo universalmente para a humanização da existência”.
O periódico é um instrumento para que, por meio de reuniões familiares e de grupos, em todos os ambientes, se aprofunde a reflexão sobre o valor único e próprio da família e o bem que ela representa para cada pessoa e para a sociedade. A partir do tema do Encontro Mundial da Família – ‘Família: trabalho e festa’ –, três grupos são divididos para aprofundamento e reflexão.
A primeira subdivisão trata da ‘família’ (A família gera a vida; A família e a superação das dificuldade; A família geradora de uma sociedade justa e fraterna). A segunda aborda o ‘trabalho’ (O trabalho  na família; O trabalho, recurso para a família; O trabalho, desafio para a família). E por fim, a terceira divisão traz a ‘festa’ (A festa, tempo para a família; A festa, tempo para o Senhor; A festa, tempo para a comunidade). Os três grupos são introduzidos por uma catequese sobre o estilo de vida familiar (O segredo de Nazaré). “Os temas desejam iluminar a união entre a vivência familiar e a vida quotidiana na sociedade e no mundo pelo trabalho e pela festa”, explica padre Wladimir.
O assessor ainda esclarece que mesmo que cada encontro traga um tema e textos específicos focados na temática do Encontro Mundial da Família, as famílias e grupos podem ampliar ou mesmo criar outros temas. Um dos intuitos é promover reuniões que agrupem todos os membros da família, desde as crianças até aos mais idosos e que todos se sintam incluídos e valorizados.
“O importante é possibilitar a família celebrar o trabalho e a festa, através de iniciativas próprias, como palestras, encontros, seminários de estudos e fóruns de debates. É recomendável que se formem grupos de famílias vizinhas, de uma comunidade, de uma quadra, rua, escola, grupos de oração, de ambientes de trabalho, de escolas e outros, para que haja momentos de reflexão e celebração e também momentos alegres e festivos”, sugere padre Wladimir.
Na Semana Nacional da Família são de grande valor as celebrações da Eucaristia, cultos ecumênicos, bênçãos das casas. Também é oportuno dar destaques especiais, às celebrações como as ‘Bodas de Prata’ ou ‘Bodas de Ouro’ de casais que as comemoram ao longo do ano, também legitimar casamentos, por meio da renovação dos compromissos matrimoniais.
Durante Semana Nacional da Família, outras questões de grande relevância são valorizar os idosos na família; promover noites de talentos com os jovens e crianças; valorizar todos os laços familiares nas celebrações. “Para isso, é importante estabelecer proximidade com as equipes de liturgia, catequese, dimensões missionária, jovens, ecumênica e outras”, lembra o assessor.
“Ainda, como sugestões, destacamos as celebrações conjuntas precedidas de carreatas e com grandes concentrações; missas de abertura e de encerramento da Semana Nacional da Família nas Catedrais, nos Estádios, Ginásios de Esportes, Setores, Áreas, Vicariatos, Foranias, Paróquias e outras”.
Um dos grandes desafios da Semana Nacional da Família será de valorizar a presença dos filhos, dos jovens, como propósito de preparação para a Jornada Mundial da Juventude que vai acontecer no Rio de Janeiro em 2013.