sexta-feira, 13 de setembro de 2013

SETEMBRO, MÊS DA BÍBLIA


Estamos em setembro, e no Brasil, já é uma tradição que este mês seja lembrado como o “Mês da Bíblia”. Setembro foi escolhido pelos Bispos do Brasil como o mês da Bíblia, em razão da festa de São Jerônimo, celebrada no dia 30.
São Jerônimo, que viveu entre 340 e 420, foi o secretário do papa Dâmaso e por ele encarregado de revisar a tradução latina da Sagrada Escritura. Essa versão latina feita por São Jerônimo recebeu o nome de Vulgata, que, em latim, significa popular e o seu trabalho é referência nas traduções da Bíblia até os nossos dias.
Ao celebrar o mês da Bíblia, a Igreja nos convida a conhecer mais a fundo a Palavra de Deus, a amá-la, cada vez mais, e a fazer dela, cada dia, uma leitura meditada e rezada. É essencial ao discípulo missionário o contato com a Palavra de Deus para ficar solidamente firmado em Cristo e poder testemunhá-lo no mundo presente, tão necessitado de sua presença. “Desconhecer a Escritura é desconhecer Jesus Cristo e renunciar a anunciá-lo. Se queremos ser discípulos e missionários de Jesus Cristo é indispensável o conhecimento profundo e vivencial da Palavra de Deus. É preciso fundamentar nosso compromisso missionário e toda a nossa vida cristã na rocha da Palavra de Deus” (DA 247).
A Bíblia contém tudo aquilo que Deus quis nos comunicar em relação a nossa salvação. Jesus é o centro e o coração da Bíblia. Em Jesus se cumprem todas as promessas feitas no Antigo Testamento para o Povo de Deus.
Ao lê-la, não devemos nos esquecer que Cristo é o ápice da revelação de Deus. Ele é a Palavra viva de Deus. Todas as palavras da Sagrada Escritura tem seu sentido definitivo Nele, porque é no mistério de sua morte e ressurreição que o plano de Deus para a nossa salvação se cumpre plenamente.

Fonte: site da Arquidiocese de Aparecida

Pastoral e o seu significado


Pastoral é toda a ação da Igreja, fundamentada na ação de Jesus, com vista à implantação do Reino de Deus. A palavra pastoral tem sua raiz em outra palavra que nos é muito familiar: pastor.

A pastoral exercida pela igreja tem como finalidade concretizar a mensagem da Boa Nova, seja nas estruturas sociais, seja no testemunho diário e constante, pelo qual somos chamados a ser: “Sal e Luz do mundo”.

 

A pastoral consiste em atualizar para o nosso tempo as atitudes de Jesus como bom pastor. A boa organização pastoral é fundamental para a vivência comunitária, o aprofundamento e a perseverança na fé. Os organismos vivos da organização Pastoral devem ser voltados para as exigências da Ação Evangelizadora: serviço, diálogo, anúncio e testemunho.

 

Conheça algumas pastorais

 

Crisma

Nascidos para a vida da graça pelo Batismo, é pelo Sacramento da Crisma que recebemos a maturidade da vida espiritual. Ou seja, somos fortalecidos pelo Divino Espírito Santo, que nos torna capazes de defender a nossa Fé, de vencer as tentações, de procurarmos a santidade com todas as forças da alma. Pelo Batismo nós nascemos, pela Crisma nós crescemos na vida da graça. 

Catequese
Sendo o anúncio de Jesus Cristo um momento da evangelização, a catequese  é um modo, dando-lhe continuidade. Sua finalidade é aprofundar e amadurecer a fé, educando o convertido para que se incorpore à comunidade cristã. A catequese sempre supõe a evangelização. Por sua vez à catequese segue-se o terceiro momento: a ação pastoral para os fiéis já iniciados à fé, no seio da comunidade cristã através da formação continuada. Catequese e ação pastoral se impregnam do ardor missionário, visando à adesão mais plena a Jesus Cristo.

Criança
O próprio Jesus Cristo assim falou: “deixai vir a mim as criancinhas”. Daí a importância essa pastoral que além da cuidar das crianças da nossa comunidade paroquial, assistem também suas respectivas mães, orientando-as e oferecendo-lhes informações básicas para bem cuidar da saúde e da educação dos filhos.  
 
Batismo
O Batismo é o nascimento. Como a criança que nasce depende dos pais para viver, também nós dependemos da vida que Deus nos oferece. No Batismo, a Igreja reunida celebra essa experiência de sermos dependentes, filhos de Deus. Pelo Batismo, participamos da vida de Cristo. Jesus Cristo é o grande sinal de que Deus cuida de nós. 


Dízimo
Dízimo é o ato de gratidão a Deus, do qual recebemos tudo o que temos. É devolução a Ele de um pouco do que dele recebemos, por meio da Igreja, para que seu Reino aconteça entre nós. É manifestação de nosso amor a Deus e aos irmãos. É partilha dos bens que estão a nosso dispor, especialmente com os mais necessitados.


Apostolado da Oração
O Apostolado da Oração é a união de pessoas que procuram consagrar suas vidas a Deus pela oração e pelo testemunho. É um serviço à igreja. A principal devoção é o culto ao Sagrado Coração de Jesus. Os membros do Apostolado encontram na oração e na vida sacramental, a força e a vitalidade. O Apostolado da Oração é uma associação de âmbito universal da Igreja Católica. A espiritualidade do Apostolado se baseia no oferecimento do dia, na vivência da Eucaristia, na devoção especial a Nossa Senhora, rezando diariamente o terço, e na invocação do Divino Espírito Santo, fonte de paz e de sabedoria eterna.

Noivos (matrimônio)
A Pastoral dos Noivos, ou do matrimônio, possui como função principal o fornecimento de subsídio aos noivos para a iniciação matrimonial, levando-os ao conhecimento do verdadeiro significado do Sacramento Matrimonial, bem como, a valorização da vivência familiar dentro da comunidade.
Outro aspecto importante é o apontamento da importância da presença de Deus, nesse novo lar que se forma com o matrimônio. 

Vicentinos
 
  As famílias além de alimentos recebem visitas semanais dos Vicentinos que evangelizam, orientam, dão apoio em suas necessidades com medicamentos, gás, pequenas reformas em suas casas, roupas, cobertores e outras formas assistências

Pastoral Familiar
É um serviço que se realiza na Igreja e com a Igreja, de forma organizada e planejada através de agentes da pastoral, com metodologia própria, tendo como objetivo apoiar a família a partir da realidade em que se encontra, para que possa existir e viver dignamente, estabelecer relacionamentos e formar as novas gerações conforme o plano de Deus.
Abrange todas as famílias, independentemente de sua situação familiar, com o propósito de promover a inclusão e resgatar os valores e a dignidade de cada pessoa.


Convocamos os nossos irmãos e irmãs ececeanos, que ainda não estão engajados no serviço pastoral das nossas comunidades paróquias (São Lucas e Nossa Senhora da Conceição), a assumirem, o mais breve possível, esse sublime compromisso que é de todos nós que nos propomos a seguir Jesus Cristo, atendendo assim o seu chamado para que nos coloquemos definitivamente a serviço do Reino de Deus.  

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Aborto e objeção de consciência


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AbortoRecentemente, na novela Amor à Vida, um médico se negou a atender uma paciente que chegou ao hospital em estado de choque após ter provocado um aborto ilegal, alegando que isso iria contra sua consciência. No entanto, a cena misturou dois conceitos, omissão de socorro e objeção de consciência, com o risco de o espectador não perceber a diferença entre as duas situações. Por isso, é preciso fazer observações importantíssimas sobre esta questão apresentada com frequência pela mídia.
O médico tem obrigação ética de prestar socorro a qualquer pessoa em risco de morte ou em situação de emergência; portanto, não existe o recurso da objeção de consciência diante de uma mulher em situação de risco após tentativa de aborto, não importa como ele tenha sido realizado. Isso é completamente diferente de afirmar que um médico é obrigado a realizar um aborto. Neste caso, é-lhe assegurado o direito de objeção de consciência.
Assim, o que houve na novela não corresponde à realidade dos hospitais: negar-se a salvar uma vida em risco iminente é uma infração grave, diferente da objeção de consciência. Inclusive nem é preciso haver uma lei sobre omissão de socorro, porque isso já está no Código de Ética Médica. Entretanto, algumas leis atuais no Brasil têm, na verdade, o objetivo de forçar a liberação do aborto, alegando não existir direito à objeção de consciência para instituições e para o médico nestes casos, porque a mulher correria risco se procurasse um aborto ilegal.
Porém, consideremos: uma pessoa que quiser amputar sua própria mão sem ser por motivo de saúde não pode ser auxiliada pelo médico, que sofrerá severa punição se o fizer – apesar do risco que esta pessoa corre se insistir em fazer o ato de forma insegura. Mas, quando existe a ameaça da realização de um aborto provocado, o médico seria obrigado a fazê-lo? Para dizer que sim é preciso negar a existência de um ser vivo humano em gestação. É preciso negar a humanidade daquele que se quer eliminar.
Uma única morte materna devida ao aborto provocado deve ser lamentada, mas esta não é uma das principais causas de morte de mulheres no Brasil. Dados oficiais do Ministério da Saúde declaram que ocorrem em torno de 450 mil mortes do sexo feminino ao ano. Destas, 66.400 são mulheres em idade fértil, sobretudo devido a doenças do aparelho circulatório e a tumores malignos. O número de mortes após o aborto desde 1996 variou entre 115 e 169 casos por ano, sendo que uma grande parte nada tem a ver com o aborto clandestino, mas com patologias diversas da gestação.
Entre as 450 mil mortes femininas anuais, existem causas graves e evitáveis que matam maior número de mulheres no Brasil – essas, sim, são uma verdadeira questão de saúde pública. O fato de que o aborto é praticado, gerando internações e gastos públicos, também não é argumento, porque a experiência em outros países mostra que a liberação aumenta o seu número, bem como as internações por outros problemas de saúde da mulher no curto, médio e longo prazo; além disso, uma contravenção não deve ser liberada apenas porque é praticada.
O recurso à objeção de consciência é exigência do regime democrático, garantindo ao cidadão o direito de não participar de ato criminoso ou que esteja contra seus princípios. Assim como é dever de consciência oferecer informações verdadeiras à população, sem distorção do significado das palavras e atitudes.
Elizabeth Kipman Cerqueira,
médica ginecologista e obstetra, é coordenadora nacional de Bioética do movimento Brasil sem Aborto.